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sexta-feira, 21 de abril de 2017

Passeio da Pascoela 2017

(clicar para AMPLIAR)

Mantendo acesa a tradição, a Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo reedita mais um Passeio da Pascoela, este ano no Domingo 23 de Abril - Não falte!!

sexta-feira, 25 de abril de 2014

É no próximo Domingo, 27 de Abril, à tarde!! 

Saída: do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, às 14:30 h

(Clicar sobre o cartaz para AMPLIAR)

Vamos reviver a Tradição! Apareça!




sexta-feira, 19 de abril de 2013

Passeio da Primavera à capela de Srª da Esperança

.
Como anunciámos no post anterior, realizou-se no passado Domingo, dia 14, o passeio pedestre de Torre de Moncorvo à capela de Srª da Esperança, o qual tradicionalmente se fazia na segunda-feira da Pascoela. Devido ao mau tempo, foi o mesmo adiado para o passado domingo, contando com algumas dezenas de participantes e muitos outros que acorreram ao adro da velha capelinha, onde se cumpriu o programa e a tradição de se desfazer o folar. A organização pertenceu à Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, com a modesta colaboração do PARM. Aqui fica a reportagem fotográfica, para os que foram e para os que não puderam ir:


Pelo antigo caminho medieval, na zona da Padrela...

Pouco antes das ruínas da "casa amarela"...

Caminho velho, com Moncorvo ao longe...

Já no adro da velha capela de N. Srª da Esperança...

Confraternização no adro...

Aumenta a romaria...

Hora da merenda...

Malta dos Escuteiros, na "ordem unida" antes da partida...

Os nossos "mais velhos" do Centro de Dia da Misericórdia, 
recordando os bons velhos tempos...

* * * 
Senhora da Esperança, Senhora da Primavera,
Branca capela no monte erguida,
aí estás, desde remota era,
abraço de despedida
na hora da partida
...
(Henrique de Campos)

sábado, 13 de abril de 2013

Passeio da Primavera à Senhora da Esperança


Retomando uma velha tradição - que se realizava na Segunda-feira da Pascoela, vai realizar-se amanhã, Domingo, dia 14 de Abril, mais um Passeio Pedestre desde a vila de Torre de Moncorvo à capela de Nossa Senhora da Esperança. O facto de este ano não se realizar no fim de semana da Pascoela teve a ver com o mau tempo que se tem feito sentir. Este fim de semana o tempo promete manter-se risonho e convidativo para se andar no campo.

A concentração dos interessados realiza-se defronte da sede da Junta, na avenida Engº Duarte Pacheco (ao lado do Cine-teatro), pelas 14;30h. Será feito o trajecto pelas Aveleiras e caminho antigo de Moncorvo para a Açoreira. A participação é livre e aberta a todos os que queiram participar.

Além da visita à capela (obra talvez do século XV e que é propriedade da Junta de Freguesia), o programa consta da realização de alguns jogos tradicionais, merenda e convívio, revivendo os bons velhos tempos.

A organização desta actividade cabe à Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, com a colaboração do PARM.

Não faltem!

sábado, 21 de abril de 2012

Passeio pedestre à capela de Senhora da Esperança

Realiza-se amanhã um passeio pedestre à capela de Nossa Senhora da Esperança, organizado pela Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo (com a colaboração do PARM), conforme programa constante do cartaz acima.
Este passeio vem sendo realizado desde 2008, com objectivo de se recuperar a antiga tradição de se desfazer o folar, o que ocorria na Segunda-feira da Pascoela. Por se tratar de dia de trabalho, a retoma dessa tradição efectuar-se no Domingo imediatamente anterior. Todavia, tanto o ano passado como no presente, por questões climatéricas, a organização resolveu adiar a actividade para o fim de semana subsequente.
A concentração dos participantes deverá efectuar-se junto da sede da Junta de Freguesia de Moncorvo (ao lado do Cine-teatro), pelas 14;30 horas. Segue-se o percurso pedestre pelo caminho antigo (velho caminho de Santiago) até à capela da Senhora da Esperança, onde decorrerá o resto do programa.
PARTICIPEM!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Passeio pedestre à capela de Senhora da Esperança

(clicar na imagem para ampliar)


Não se tendo realizado o passeio da Pascoela previsto para o passado dia 30 de Abril, por motivos climatéricos, a organização decidiu adiá-lo para o próximo Domingo, dia 8 de Maio, esperando que, desta feita, o tempo ajude.


Esta iniciativa da Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, conta com a colaboração do Museu do Ferro, inserindo-se no esforço de recuperação das antigas tradições e também de divulgação do nosso património, visto que a capela de Senhora da Teixeira (propriedade da Junta de Freguesia) remonta possivelmente ao séc. XV.


O trajecto terá início às 14;30h (convém estar um pouco antes), com saída de frente do edifício da Junta (ao lado do Cine-teatro), e seguirá pela E.N.220 até ao início do "caminho velho" para Açoreira. Este caminho terá a ver com um dos "milhentos" trajectos seguidos pelos peregrinos de Santiago de Compostela, pelo que se poderá considerar também como Caminho de Santiago.

Assim, este passeio será uma espécie de 2 em 1: por um lado visa retomar a tradição do passeio da Pascoela (com merenda no adro da capela), que se fazia na segunda-feira de Pascoela, e, por outro lado, pretende-se dar o conhecer este velho caminho de peregrinos e de mercadores e outros vindos das terras do Sul para Trás-os-Montes (ou vice-versa), com passagem por Torre de Moncorvo.

sábado, 18 de abril de 2009

Passeio da Pascoela para "desfazer o folar", na Senhora da Esperança

A tradição continua!
Aqui fica o cartaz-convite para todos participarem amanhã, Domingo (dia 19 de Abril), no Passeio da Pascoela para se “desfazer o folar” no adro da capela da Senhora da Esperança.
Para quem pretenda fazer o percurso a pé, como noutros tempos, pelo caminho antigo, a concentração é defronte da Junta de Freguesia (Avenida Engº Duarte Pacheco), com saída pelas 14;30h.
No adro da capela haverá jogos tradicionais, música, animação, convívio, enquanto se reconstitui a prática ancestral de “desfazer o folar".


Recorde-se que o retomar desta tradição foi sugerida pelo PARM à Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, o ano passado. Sendo esta Junta a proprietária da capela e porque não temos a veleidade nem a pretensão de nos substituirmos a outras entidades (o nosso papel é incentivar a recuperação das tradições e do património cultural em geral), entendemos por bem ser a Junta a ter um papel mais destacado nesta realização, continuando a disponibilizar-lhe o nosso modesto apoio e participação.

Aqui fica, portanto, o apelo aos nossos sócios para que participem também, como moncorvenses empenhados, neste convívio de profunda raiz popular.

Veja mais no blogue À Descoberta de Torre de Moncorvo: http://descobrirtorredemoncorvo.blogspot.com/2009/04/passeio-da-pascoela-para-desfazer-o.html

Aproveitamos também para recordar a realização do ano passado (2008):

http://parm-moncorvo.blogspot.com/2008/03/passeio-da-pascoela-dia-29-de-maro.html
http://parm-moncorvo.blogspot.com/2008/04/passeio-da-pascoela.html




sexta-feira, 28 de março de 2008

A TRADIÇÃO DE “DESFAZER O FOLAR” NA REGIÃO DE TORRE DE MONCORVO

Informamos os nossos consócios e público em geral que se vai realizar no próximo Sábado, dia 29.03.2008, um percurso pedestre que designámos como Passeio da Pascoela, visto que nos inspirámos na antiga tradição moncorvense de se desfazerem os folares junto da capela de N. Srª da Esperança, a poucos quilómetros da vila de Torre de Moncorvo.

Capela de N. Srª da Esperança (pertencente à Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo)

Nesses tempos, este convívio era feito na segunda-feira da Pascoela, o que agora se torna mais difícil por causa dos horários de trabalho, pelo que optámos pelo passeio pedestre no Sábado.

Esta é uma iniciativa conjunta do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, tutelado pela Câmara Municipal de Torre de Moncorvo e pela associação do PARM, e da Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo.

A propósito deste evento, aqui ficam algumas notas sobre a sua razão de ser:


Segundo diz o saudoso Padre Joaquim Manuel Rebelo (1922-1995), nosso Mestre, no seu livro A Terra Trasmontana e Alto Duriense. Notas Etnográficas (1995): “Depois da Páscoa era a festa dos folares, em lugares geralmente junto de velhas capelinhas, que a fé dos nossos avoengos espalhou por vales e montes. / Na segunda-feira da Pascoela muitos habitantes de Torre de Moncorvo deslocavam-se, a pé, até à Senhora da Esperança, mas sobretudo, à Senhora da Teixeira, carregados com os seus farnéis. / Na Senhora da Teixeira (…) havia missa cantada e depois no adro dançava-se animadamente ao som dos acordes da filarmónica de Torre de Moncorvo ou do realejo e concertina e saboreavam-se, à sombra das amendoeiras, as merendas, onde as empadas recheadas do apetitoso presunto e do saboroso salpicão eram o principal manjar./ As azeitonas, o queijo e o vinho faziam o acompanhamento. / Ao entardecer, depois de um dia bem passado, a nível espiritual, físico e lúdico, mais um bailarico, uns beijinhos dos namorados, às escondidas, e regresso a casa com um voto de ‘qu’eu pr’ò ano lá hei-de-ir’.”

Depois de mencionar o caso de Urros, onde a romaria para se “desfazer o folar” se realizava na capela de N. Srª do Castelo (um antigo “castro”), acrescenta o Padre Rebelo que também “havia em Freixo de Espada à Cinta O Desfazer dos Folares. / Anos atrás, grande número dos seus habitantes iam para o lugar chamado Salto nas proximidades da barragem espanhola de Saucelle servindo-se de todos os meios de locomoção e aí comiam ‘o folar, fogaças, empadas, etc. acompanhadas da respectiva pinga’/ Não faltavam os bailes e descantes e alegria a jorros”.

Capela do extinto ermitério de N. Sª da Teixeira (freguesia de Açoreira)

Como vimos, pelo testemunho do Padre Rebelo, algumas pessoas de Torre de Moncorvo também iam desfazer os seus folares à capela de N. Srª da Teixeira (junto de Sequeiros), que era muito mais longe do que a Senhora da Esperança (e já noutra freguesia – Açoreira), embora se pudessem deslocar de de burro, ou de mula, ou a cavalo). A capela de Srª da Teixeira é conhecida pelos seus famosos frescos do século XVI, em mau estado de conservação, apesar dos nossos apelos junto dos serviços do património, tendo caído em saco roto um contacto que fizemos, em tempos, com o Instituto José de Figueiredo (depois Instituto de Conservação e Restauro, presentemente integrado no Instituto de Museus e Conservação), assim como junto da direcção do IPPAR, igualmente sem êxito. Sobre estas pinturas saiu publicado um livro de autoria do nosso consócio Eugénio Cavalheiro (Os frescos da Srª da Teixeira, editado por João Azevedo Editor, Mirandela, 2000). Para o caso que nos interessa, é de notar que a capela de Srª da Teixeira, que esteve associada a um antigo eremitério, era também conhecida por Senhora dos Prazeres (mais tarde ainda, por Santa Rita, por terem adquirido uma imagem desta Santa).

Fresco sob a abóbada do alpendre da capela de Srª da Teixeira (Almas do Paraíso)

Curiosamente, a Senhora dos Prazeres, culto que parece apelar aos sentidos, está igualmente presente na Senhora do Castelo de Urros e na capela de Santa Marinha de Felgueiras, onde se fazia (e faz) outra festa dos folares, na segunda-feira da Pascoela. Depois do tempo sombrio e abstinente da Quaresma, seguia-se o tempo da libertação, dos “bailes e descantes e alegria a jorros”, como escreveu o Pe. Rebelo.

Quanto à tradição de se comer o folar nos campos deve ser uma reminiscência de antigos cultos pagãos relacionados com a Natureza, que nesta época do ano renasce para um novo ciclo. É tempo de Primavera (embora, como diz o Povo, “Março marçagão, de manhã cara de riso, à tarde cara de cão”, ou, sendo Abril, "águas mil"), os campos tornam-se verdes, mosqueados de florinhas, num convite ao passeio, que em tempos remotos seria ritual, culminando num ágape propiciatório da abundância dos mantimentos essenciais à subsistência. E esses produtos estão bem sintetizados nesse manjar tipicamente trasmontano que é o folar: a farinha/cereais, os ovos, e a “chicha”, sobretudo a “chicha” de, com a sua licença, o “reco” (animal venerado pelos nossos avoengos proto-históricos, como o comprova o “berrão” que é emblema da nossa associação).

Vimos também que estas romagens de confraternização com os campos, a Terra, a Mãe-Natureza, nesta época do ano, não eram exclusivas de Torre de Moncorvo. Embora o Padre Rebelo não refira, também na freguesia de Açoreira se cumpria a tradição, não só na capela de Senhora da Teixeira (onde se reuniam também os de Sequeiros e até de Torre de Moncorvo), mas também na Santa Marinha, onde há poucos anos se retomou a tradição que esteve meio apagada. Aqui se junta sobretudo o povo da Açoreira, desfazendo os farnéis à sombra das oliveiras e amendoeiras e a festa prolonga-se pela tarde, com bailaricos e jogos populares.

Ainda no concelho de Torre de Moncorvo, também Urros, na segunda-feira da Pascoela, se realizava (e realiza ainda, segundo nos informou a nossa consócia Bina Martins) a romaria à capela de N. Srª do Castelo, onde se desfaziam os folares. Como dissemos, tal como na Srª da Teixeira, nesta capela também era venerada a Srª dos Prazeres, sendo de notar a persistência deste culto associado a lugares onde se comia o folar na Pascoela. Do mesmo modo, o culto de Santa Marinha, que, para além da Açoreira, tem em Felgueiras uma capela (onde nos parece que também se reverencia a Srª dos Prazeres), e onde igualmente se “desfaz o folar” na segunda-feira da Pascoela. No caso de Felgueiras, esta era a grande festa dos moleiros, cujos moinhos jazem em ruínas junto da ribeira que recebe o nome desta capela (ribª de Santa Marinha, afluente da ribª de Mós). Sem interrupções, a tradição continua a realizar-se em Felgueiras, embora agora se faça no Sábado que precede o Domingo da Pascoela (fim de semana a seguir à Páscoa), pelas mesmas razões que nós antecipámos dois dias relativamente ao dia de preceito, ou seja, por segunda-feira ser dia de trabalho.

Como vimos, só na nossa região, havia (e continuam a manter-se) vários casos da tradição de se “desfazer o folar” na 2ª feira da Pascoela, apesar de agora se recuar a sua realização por causa dos dias de trabalho ditados pelos calendários rígidos impostos por um Estado Central que não entra em conta com as tradições locais (de que, noutro plano, é “bom” exemplo a célebre ASAE). Por outro lado, somos um povo pouco dado à preservação de certas tradições, sobretudo nos centros urbanos e semi-urbanos. No caso de Torre de Moncorvo, a última vez de que nos recordamos de haver uma reunião alargada e organizada, para se “desfazer o folar” foi nos meados dos anos 80 do século XX, tendo ocorrido na Srª da Teixeira, com algum impulso do Pe. Rebelo, que por essa altura havia reeditado uma monografia sobre aquele ermitério, escrita pelo Padre José Augusto Tavares nos inícios do séc. XX.

Provando que esta tradição deveria estar amplamente generalizada, talvez por toda a Península Ibérica, nas regiões onde o Cristianismo assimilou e ajudou a “fixar” as tradições pagãs ancestrais, vemos que em Salamanca, a grande cidade universitária castelhana, também existe a tradição de se desfazer o folar, a que chamam “el hornazo” (de “horno” = forno), mantendo-o, ainda hoje e sempre, na mesma segunda-feira da Pascoela, a que chamam o dia de “Lunes de águas”, como desde há anos nos conta o nosso amigo salmantino Angel Garcia. Nesse dia, em Salamanca, é feriado na cidade, porque toda a gente vai desfazer os “hornazos” pelos campos… É a diferença que nos separa dos povos civilizados que, sendo grandes (e talvez por isso), colhem nas suas raízes a razão de ser da sua grandeza… Daí o nosso esforço na preservação da nossa essência, promovendo, ao mesmo tempo, o convívio, a solidariedade, o bem-estar inerente também à dimensão lúdica (e gastronómica), quiçá o tal “Prazer” que nos dava a Deusa, cristianizada em Senhora dos Prazeres, porque os Antigos sabiam que sem Felicidade e bem-estar não há povo que seja produtivo, nem economia que se salve, nem Homem que seja construtivo…
N.R.