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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Passeio Micológico procura destacar um velho caminho medieval

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Teve lugar no passado dia 30/11 mais uma edição do passeio micológico promovido pelo PARM em articulação com o Museu do Ferro & da Região de Moncorvo (CMTM/PARM), sendo a iniciativa coordenada pelo Engº. Afonso Calheiros e Menezes (da direcção do PARM e técnico superior do PNDI).

Como foi explicado aos vários participantes que não tiveram medo à geada que ainda de manhã se encontrava nas bordaduras do caminho, esta acção visava, para além de fomentar o interesse pela Micologia, acentuar a importância do itinerário seguido, um velho caminho medieval que no século XVI era descrito por um viajante que o seguiu, como "uma calçada toda em ferro".
O facto de bordejar o perímetro florestal, a antiga Mata Nacional do Roboredo, permite, igualmente, um contacto mais directo com esta mais-valia que temos ao pé da porta - a Serra - à qual os moncorvenses pouco ligam.  

Assim, passado que foi o modelo de "desenvolvimento" escorado em efémeros balões de oxigénio, consideramos que é tempo de se apostar em grande num modelo de desenvolvimento alternativo, sustentado, dirigido para os tão propalados "recursos endógenos", para o que a Mãe-Natureza põe ao nosso alcance, e dá-los a conhecer a um número cada vez maior de pessoas, quer da região, quer de fora dela.

Tendo em vista a definição de um conjunto de Percursos (articulados com a Ecopista da antiga Linha do Sabor), que em devido tempo daremos a conhecer, aqui ficam algumas imagens da edição de 2013 do Passeio Micológico, não esquecendo que este itinerário também já por nós foi utilizado numa iniciativa de observação de aves.
Engº. Afonso Calheiros explicando as regras do apanhador de cogumelos.

Achado de um Míscaro ("suillus granulatus")

Achado de uma "sancha" ("Lactarius deliciosus")

Mais dois míscaros - como outros cogumelos, costumam aparecer aos pares, ou em "manada"...

Mas há outros motivos de interesse à beira do velho caminho: vestígios da pedreira do Calhoal, um dos sítios de onde terá vindo a pedra para a monumental igreja matriz de Moncorvo.

A beleza da floresta, só por si justificaria o passeio...

Património edificado da 1ª metade do séc. XX: a casa florestal, harmoniosamente enquadrada na paisagem... 


Outro motivo de interesse: a antiga capelinha de N. Sª da Conceição.

Já no Auditório do Museu do Ferro: os participantes procedem à identificação de espécies recolhidas, recorrendo a manuais e ao saber do orientador da acção.

Seriação dos espécimes pelas suas afinidades e características.

Palestra sobre o mundo dos fungos e cogumelos, bem como as suas potencialidades para a economia local.

No final houve uma merenda, confraternização e pequeno magusto.

A organização agradece a todos os participantes, esperando realizar a próxima edição um pouco mais cedo e com mais divulgação.


(Txt. e Fotos: N.Campos)

terça-feira, 7 de agosto de 2012

olá Marte, chegámos !?...


Esta foi uma das primeiras imagens tiradas pela sonda Curiosity's (Curiosidade), da NASA, que pousou em Marte na noite de 5 de Agosto PDT (=manhã de 6 de agosto EDT). - Desde esse momento, a referida sonda, instalada num veículo (Rover), continua a enviar imagens.
Não é, no entanto, a primeira foto que se obtém do solo marciano, pois desde há muitos anos que outras sondas (a partir das Mars 2 e 3, da antiga URSS) captam imagens da superfície do chamado planeta vermelho, seja a partir do ar, seja no solo. Àparte a colisão (como Mars 2) ou o esgotamento de baterias, esses objectos humanos que já conspurcam o solo marciano, tínhamos ainda uma superfície virgem, de um planeta com biliões de anos de História (com ou sem seres vivos). Agora, a nova sonda, acrescentará algo mais nesse conceito de pegada humana: os trilhos do seu rodado e o esgadunhamento para recolha de amostras.
É claro que as tempestades de poeiras em breve apagarão esses trilhos e essas marcas. Nada de grave, portanto, se ficassemos por aqui, uma vez satisfeita a Curiosidade (Curiosity). 
Mas, no cenário que muitos defendem (os anjos do deus Progresso), de montar colónias em Marte e proceder à sua "terraformação" (conceito que quer dizer: alterar a atmosfera de Marte, derretendo os gelos que se crê estarem sob as poeiras, daí libertando àgua, e, a partir desta, replicar a atmosfera terrestre), teremos, então, mais outro planeta estragado. Porque o Homem ao "evoluir" para uma matriz civilizacional de tipo urbano, assente na exploração intensiva de recursos (extracção de minerais, etc.), em que se concebe a Natureza como algo que deve estar ao serviço do Homem, e não como espaço de equilíbrio ecossistémico de que o Homem é apenas um elemento, acabou por gerar índices de antropização que se comprazem na anulação das paisagens e superfícies naturais, modeladas apenas pelos elementos/fenómenos telúricos/atmosféricos.
Assim, contemplar essa superfície intocada de Marte, uma paisagem virgem de um planeta virgem, é observar uma paleopaisagem ausente de Humano - onde o Tempo obrou, mas sem que alguém o percepcionasse (na convicção de que nunca houve formas de vida inteligentes, ou, no mínimo, com capacidade de apreensão das dimensões Espaço/Tempo, apenas - que se saiba - concebíveis pelo bicho-Homem). A grande questão é saber se se deve ou não continuar esse percurso natural, a-histórico, ou, pelo menos de um Histórico monitorizado e percepcionado à distância de uns 60 milhões de Km (distância de Marte à Terra, na sua maior aproximação, ou de 360 milhões na elíptica maior), ou não.... E a questão subjacente é se o conceito de facto arqueológico se pode aplicar à paisagem intocada (depois de transformada), ou se é apenas inerente ao aparecimento do artefacto, ou arte-facto, ainda que sejam "malas artes" disruptivas de equilíbrios absentes de Humano, gerando mutações topográficas e paisagísticas, pontuadas por construções e acumulações (mais ou menos estratigrafadas) de outros elementos de "cultura material". E ainda, se o ser consciente deve ter um pensamento crítico sobre os limites da intervenção humana, ou se deve ser peça dessa engrenagem tenebrosa, vivendo, no final da cadeia, do "estudo" (por vezes bem remunerado) dessas transformações geradas pelo sistema da máquina civilizacional do Homo Faber, desculpabilizando a consciência com o estômago cheio... - São as reflexões que esta imagem do dia nos suscita... 
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Txt.: N.Campos
Foto/Image credit: NASA/JPL-Caltech
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sábado, 18 de junho de 2011

Palestra sobre Morcegos, HOJE, no Museu do Ferro:

No âmbito das comemorações do Ano Internacional do Morcego (Year of Bat) - 2011/2012, realiza-se hoje uma palestra sobre o tema, no Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, com início às 14;30h - a não perder!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ciência Viva no Verão - Ribeira do Medal

Decorreu no dia 5 de Setembro, a última acção programada pelo PARM no âmbito do Programa Ciência Viva no Verão. Desta vez, a actividade centrou-se na biologia, com o tema geral "Fauna e flora do vale do rio Sabor", com orientação técnica do Eng. Afonso Calheiros e Menezes.

A sessão centrou-se na confluência do Ribeiro do Mondego com a Ribeira dos Estevais, originando a Ribeira do Medal, e zonas envolventes, tendo decorrido no extremo Nordeste do concelho de Moncorvo. Aqui foi descrita a fauna e flora do local, apontando-se alguns exemplos mais pertinentes. Aqui ficam as imagens desta actividade.

















Agora, que terminaram as actividades do Ciência Viva previstas para o corrente ano, só nos resta esperar que possamos contar com a vossa presença no próximo ano. Não podemos deixar de agradecer os apoios do Município de Torre de Moncorvo, do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, dos Srs. Hélder e Luís Ferreira, assim como de todos os participantes destas três acções da Ciência Viva no Verão.
Aproveitamos para solicitar a todos os participantes que fizeram um registo fotográfico da acção, caso o entenderem, que nos façam chegar fotografias com os melhores pormenores, com o objectivo de integrarem o Relatório Final do Programa, sendo também publicados neste local, com os direitos de autor devidamente salvaguardados.
(Fotos PARM, N. Campos, A. Calheiros e Menezes e Eng.ª Marisa Carloto)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Inauguração da exposição "Borboletas do Mondego"



Conforme previsto, foi inaugurada no passado sábado, dia 4 de Abril, a exposição "Borboletas do Mondego", onde se reunem cerca de 70 fotografias de autoria de Mário Martins, representando muitos tipos de borboletas existentes no alto vale do Mondego e, algumas delas, em outras regiões de Portugal.
Tal como afirmou o seu autor, esta mostra é o resultado de centenas de horas de pesquisa, em contacto com a Natureza, de dia e de noite, salientando as dificuldades técnicas em fotografar borboletas e revelando alguns truques deste apaixonante "hobbie".
O estudo dos lepidópteros (borboletas) em Portugal é, em grande medida, uma actividade de amadores, embora em articulação com o meio académico, como é o caso de Mário Martins. - Sempre que surgem dificuldades na identificação de espécimes, ou quando ocorre algum "achado", o autor, através da internet, recorre às redes de aficcionados e especialistas. Um destes "sites" que merece ser consultado, para as borboletas de Portugal, é o seguinte: www.lusoborboletas.org

Nesta exposição podem encontrar-se dois grupos principais de borboletas: as diurnas e as nocturnas, estas em menor número. Entre as diurnas encontram-se a "Carnaval" (porque aparece pelo Carnaval e tem côres diversificadas), a "Boa Nova", a "Malhadinha Prateada", a "Cobreada", a "Grande Tartaruga", a "Borboleta do Medronheiro", a "Borboleta da Couve", a "Zebra", a "Borboleta do Funcho", o "Pavão diurno", etc., etc. Muitas das espécies não dispõem de nomes comuns, sendo conhecidas apenas pelos nomes científicos.
Assim, o autor trouxe alguns manuais catálogos essenciais para o estudo das borboletas, que puderam ser consultados pelas pessoas mais interessadas.
No seguimento da comemoração do Dia da Árvore (com palestra e exposição de trabalhos dos alunos) e da acção sobre Aves (também com uma palestra e outra exposição de desenhos de alunos), conforme noticiámos aqui no nosso Blogue (ver post's anteriores), esta é mais uma proposta para esta Primavera nos Jardins do Museu do Ferro.
Assim, esperamos pela sua visita! Veja as exposições sobre Árvores, Aves e Borboletas, e pode, de seguida, testar os seus conhecimentos ao vivo, admirando as espécies de árvores, escutando o canto das aves, ou procurando borboletas, num espaço que é SEU!
Basta pedir as chaves no balcão do Museu, e teremos muito gosto em abrir-lhe as portas deste pequeno Paraíso...

Aqui ficam algumas fotos do momento inaugural da Exposição "Borboletas do Mondego":


O Autor mostrando a exposição ao Presidente da Câmara de Torre de Moncorvo.

Mário Martins, fazendo uma visita guiada a um grupo de visitantes.

O Autor explica particularidades da "borboleta do funcho"


O autor fala com paixão sobre este maravilhoso mundo das borboletas...



Mário T. Martins (nota biográfica): Nasceu em Chaves mas, como faz questão de dizer, "é um homem do mundo, mais camponês do que cidadão". A sua vida, profissional, levou-o a vários locais, tendo, inclusive, trabalhado no IEFP/Centro de Emprego de Torre de Moncorvo.
Desde sempre apreciou, com respeito, a natureza.
Dedica-se, há muitos anos e para consumo próprio, à agricultura biológica. Promoveu e coordenou, com o apoio técnico da AGROBIO, o primeiro curso de agricultura biológica na Península Ibérica.
Após aposentação, seduzido pelo excelente microclima, riqueza de fauna e flora e privilegiada localização optou por se instalar no Vale do Mondego, onde instituiu uma fundação “Trepadeira Azul”, com o objecto social de preservação da natureza também pela cultura.
A fotografia sempre serviu para recordar cultura e lazer.
A necessidade de recolher imagens para o levantamento da fauna e flora das redondezas da sua propriedade agrícola, tornou-lhe a fotografia numa actividade de todos os dias.
Esta exposição, também nas suas palavras, "não tem qualquer pretensão artística"; o objectivo do autor, mais do que dar a conhecer, é incentivar a preservação do rico património natural que em todo o lado possuímos.
"Observar a natureza é fácil, fotografá-la nem tanto, e fotografá-la com qualidade é, por vezes, tarefa quase impossível, sem que isto sirva de desculpa" - conclui Mário Martins. É uma conclusão muito modesta, no nosso entender, pois o enorme acervo fotográfico que compõem a Exposição, com a qualidade que demonstra, aqui está para o desmentir. Esperamos também o seu comentário, depois da visita que se impõe!

terça-feira, 24 de março de 2009

Exposição e palestra sobre Aves da região

No seguimento da acção realizada na passada sexta-feira, realizou-se nesta data (23.03.2009) uma visita de dezenas de alunos e professores do Agrupamento Vertical de Escolas de Torre de Moncorvo ao Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, onde puderam ver reunidos, em exposição, um belo conjunto de desenhos de aves, por si realizados (sobretudo dos 5ºs. anos).
Esta mostra encontra-se patente na Galeria do rés-do-chão, na passagem para os Jardins do Museu.

Os alunos puderam ainda ver a exposição sobre a Àrvore e a Floresta, inaugurada na sexta-feira


Exposição de desenhos de aves da região, feitos pelos alunos.

Seguidamente, no Auditório, os alunos puderam assistir a uma palestra sobre “Aves da Região”, bem ilustrada através de uma apresentação powerpoint, pelo Engº. Afonso Calheiros e Menezes, técnico superior do Parque Natural do Douro Internacional e presidente da direcção do PARM.

Tomando assento no Auditório do Museu.
Na sua apresentação, o Engº Afonso mostrou aos alunos as aves mais comuns da região, muitas das quais se encontram no espaço da própria vila e seus jardins, como por exemplo os pardais, as andorinhas, os estorninhos, a coruja-das-torres, chamarizes, e outros que se encontram mais afastados, como a cegonha negra (muito rara, na zona do vale do Sabor), o guarda-rios, a perdiz (nos montes), etc

Mencionou ainda quais as aves residentes todo o ano e as migratórias, tal como as que se podem considerar autóctones e as exóticas, nestas se incluindo a rola turca e a pega-azul (com uma colónia entre Carviçais e Freixo de Espada-à-Cinta, sendo originária da China, pelo que se supõe ter sido trazida por missionários ou outros navegadores, das paragens orientais). Esta última, cujo nome científico é Cyanopica cyanus, tem outras colónias na Península, desde a zona de Almería, Algarve, Alentejo, Ribatejo, Beira Interior, além da nossa região, tendo sido estudada pelo eminente ornitólogo que foi o Professor Santos Júnior (que casou em Torre de Moncorvo e passava várias temporadas na sua casa da Quinta Judite, à entrada da vila).

As crianças mostraram-se interessadas e fizeram algumas perguntas.
A acção foi coordenada pela professora Marlie Andrês, juntamente com outros professores do Agrupamento, tendo como objectivo a sensibilização dos mais jovens para as questões da Natureza, preservação do meio e da biodiversidade.
Da parte do PARM e do Museu foi uma oportunidade de colaboração com o projecto educativo escolar, fazendo com que os alunos conheçam este espaço cultural (e natural, se considerarmos os jardins), o visitem com mais regularidade e o integrem no seu imaginário.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Comemorações do Dia da Árvore e da Floresta

Iniciaram-se hoje, no Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, as Comemorações do Dia da Árvore e da Floresta (que será amanhã dia 21 de Março), em colaboração com o Agrupamento Vertical de Escolas de Torre de Moncorvo. Estas irão prolongar-se até à próxima segunda-feira.

Hoje, os alunos de 5º e 6º ano visitaram o Museu, mostrando os seus trabalhos e dos seus colegas alusivos às Árvores e às Aves da região. A Exposição dos trabalhos dos alunos fica patente até ao final do mês no Museu do Ferro & da Região de Moncorvo.

Abertura da exposição dos trabalhos realizados pelos alunos.

De seguida, cada turma plantou árvores nos jardins do Museu, destacando-se as amendoeiras, carvalhos e laranjeiras.

A plantação da primeira amendoeira por uma das turmas.

Plantação de uma amendoaeira pelos alunos.

Por fim, procedeu-se a uma sessão explicativa onde interveio a coordenadora da actividade, a Dra. Marlie Andrês, alertando para a frágil situação do mundo actual, e apontando soluções e o papel que cabe a cada um de nós na alteração da situação.

A Coordenadora da actividade, Dra. Marlie Andrês, no momento da sua intervenção inicial.

Vista geral da sessão explicativa, pela Eng.ª Mariana (CMTM).

Já a Eng.ª Mariana, técnica da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, alertou para a importância da floresta na nossa vida quotidiana. Por fim, ofereceu a cada aluno uma t-shirt alusiva ao dia, bem como, alguns folhetos.

Distribuição das t-shirt's pela Eng.ª Mariana (CMTM).

Alguns alunos que participaram na actividade.

Os alunos no final da actividade....

Na próxima segunda-feira, dia 23, os alunos do agrupamento de escolas regressarão aos Jardins do Museu para assistir a uma sessão explicativa orientada pelo Eng.º Afonso Calheiros e Menezes, presidente da Direcção do PARM e técnico do Parque Natural do Douro Internacional, alusiva às Aves e Árvores da região de Moncorvo.


A Direcção do PARM agradece à Dra. Marlie Andrês todo o empenhamento demostrado para a realização desta iniciativa, bem como ao Município de Torre de Moncorvo pela oferta das árvores e por toda a colaboração prestada
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