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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Igreja matriz de Torre de Moncorvo: DRC-N intervém no alpendre da Senhora do Coberto


 
Realizou-se recentemente uma acção de limpeza e substituição do vidro que protege o nicho onde se encontra a imagem de Nossa Senhora do coberto, no alpendre do lado Sul da igreja matriz de Torre de Moncorvo.
Esta intervenção, realizada por uma empresa de Conservação e Restauro ao serviço da Direcção Regional da Cultura do Norte, incluíu ainda a colocação de uma série de pontas metálicas ao longo das cornijas e saliências sob o alpendre, de forma a evitar a concentração de pombas nesses pontos, com respectiva acumulação de dejectos. 

Como é sabido os dejectos das pombas, pela acidez que comportam, é altamente nocivo para a pedra. Daí esta solução, adoptada há já vários anos em monumentos pétreos.






> Aqui pode ver-se um aspecto da imagem conhecida por Nossa Senhora do Coberto, antes da intervenção.
E aqui fica um aspecto da Senhora do Coberto, ou Nossa Senhora de Guadalupe, em todo o seu esplendor, após a intervenção de limpeza e colocação de novo vidro (o anterior encontrava-se partido):

Fotos: N.Campos/DRC-N

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Orçamento de Estado para Cultura promete olhar mais para o Património

Foi divulgado ontem (dia 27) no Jornal de Notícias, que a verba do Orçamento de Estado para a Cultura vai crescer em 11% face ao orçamento de 2009, apostando na "promoção da Língua Portuguesa e a reabilitação do Património". Este último é um tema muito caro à nossa associação, conforme temos alertado neste blogue (veja-se, por exemplo os post's de 10 de Agosto e de 18 de Novembro de 2009).

Esperemos que este incremento possa possibilitar a reabilitação necessária e urgente da Igreja Matriz de Moncorvo (Monumento Nacional afecto aos serviços do Ministério da Cultura), quer pelos problemas antigos, que se têm vindo a agravar - caso do muro do lado Poente, infestação dos altares por térmitas - mas também pelos problemas mais recentes - como é o caso das infiltrações na ábside do Altar das Chagas que obrigaram à remoção de algumas das imagens e que estão a destruir os retábulos de talha dourada, ou as infiltrações junto ao coro Sul.

Uma das medidas anunciadas, como se lê no recorte acima, é a criação de um "sistema de avaliação do estado dos imóveis classificados do Estado". Congratulamo-nos com esta medida, esperando que o Serviço de Bens Culturais das Direcções Regionais da Cultura implemente esse tipo de peritagens (para o que já demos um modesto contributo, no ano passado, no que toca à igreja matriz de Torre de Moncorvo), e, logo que haja disponibilidade de verbas, se passe à fase de recuperação, não descurando as medidas de manutenção e de conservação preventivas. Damos um exemplo: impõe-se, no caso de certas igrejas como a nossa, a limpeza dos canais de condução de águas pluviais, no topo das paredes ao nível dos telhados, normalmente obstruídos pelos excrementos de pombas, o que obriga à retenção de águas que geram infiltrações pelas paredes, interferindo depois com a estabilidade das estruturas.

Acrescentamos ainda que essas medidas de diagnóstico, e posterior intervenção, não se deveriam circunscrever aos "imóveis classificados do Estado", mas deveriam ser alargadas a outros imóveis (para já apenas os classificados) que sejam propriedade privada. Damos como exemplos o ermitério de Senhora da Teixeira (junto ao lugar de Sequeiros, fregª. de Açoreira, no concelho de Moncorvo), ou ruínas de Santa Cruz da Vilariça (fregª. de Adeganha, também no concelho de Torre de Moncorvo), isto só para mencionar dois casos a reclamar intervenção urgente, no nosso concelho. Muitos mais há, mas ficamo-nos por aqui, esperando que o reforço da dotação orçamental do M.C. não se fique apenas pelos monumentos mais emblemáticos de Lisboa, Porto e Algarve, ou pela orla litoral, dado que o interior é cada vez mais procurado como destino turístico.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Igreja Matriz de Moncorvo - Recuperação de sacrário

No dia 16.11.2009, da parte da manhã, uma equipa da empresa Arte & Talha (de Santa Comba Dão, Viseu), procedeu à remoção do Sacrário localizado no absidíolo correspondente à capela do Santiíssimo Sacramento, com vista ao seu restauro – trabalho adjudicado pela Direcção Regional da Cultura do Norte/Serviço de Bens Culturais, após informação de duas técnicas superiores de Conserv. e Restauro de Tibães.

Durante a operação de remoção do sacrário verificou-se que praticamente todos os colunelos que ladeiam o corpo da peça se encontravam muito atacados pelos xilófagos, assim como uma peça intermédia entre o sacrário e a sua cúpula. Na base, ao proceder-se ao levantamento, encontrou-se uma colónia de milhares de insectos. Segundo os técnicos, a praga pode ter-se instalado há cerca de 2 anos, sendo este um problema comum a muitas peças de arte em igrejas portuguesas, de há uns anos a esta parte, possivelmente relacionado com as alterações climáticas.

Espera-se o resultado final do restauro, de que se dará posterior informação. Entretanto a igreja matriz de Moncorvo, fica temporariamente privada de um dos seus tesouros artísticos, a bem da sua salvaguarda e recuperação (que se impunha).

(Fotos PARM)