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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Exposição "Onde o céu é a terra que pisamos"


É no próximo Sábado, dia 8.02.2014, no auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo.

Aqui fica o Convite e Cartaz:



Esta exposição consta de cerca de 14 fotografias a cores, com textos evocativos elaborados a partir do trabalho de campo de Joaquim Pavão (Fotografia) e Isabel Pinto (Texto). 

Se a imagem do cartaz corresponde às estruturas abandonadas da mina de S. Domingos (Mértola), outras paisagens mineiras aí se encontram, nomeadamente a nossa Carvalhosa (Moncorvo). 
Um olhar poético, mas ciente dos perigos e dificuldades da vida dos mineiros, tendo por pano de fundo este património outro, composto de paisagens esventradas, destroços de construções, já que até a sucata foi sendo levada... Nas minas activas, recolheu-se ainda o ruído, a escuridão das galerias, o vozear humano...

Neste plano, as nossas minas estão representadas pela voz de dois antigos mineiros que acompanharam os autores, vai para dois anos, quando empreenderam o seu jornadear pelo Património mineiro abandonado e em laboração. Entre estas, estavam (e estão) as minas de Aljustrel e Panasqueira.
Trailler do documentário: 

Além da exposição, foi produzido um espectáculo intitulado "Minérios" que, infelizmente, não nos foi possível trazer - todavia aqui fica a respectiva informação: 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Turismo geo-mineiro

«As minas portuguesas estão a tornar-se num destino turístico para cada vez mais portugueses que querem conhecê-las e saber a sua história, tendo até já sido criado um 'Roteiro das Minas'.
'Cada vez mais as pessoas procuram este tipo de abordagem turística', disse à Agência Lusa o subdiretor-geral da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), Carlos Caxaria. Para dar resposta a essa procura e para promover o património mineiro, a DGEG criou há um ano o 'Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico em Portugal que em breve terá uma versão em espanhol e em inglês' ». -
Fonte: RTP

Informamos que o Museu do Ferro & da Região de Moncorvo faz parte do lote de entidades fundadoras deste Roteiro promovido pela DGEG e pela EDM. Para mais informações sobre este assunto, ver no nosso blogue:

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ciência Viva - Geologia no Verão em Moncorvo

Decorreram no passado fim de semana (sexta-feira e sábado) as duas actividades promovidas pelo PARM no âmbito do Programa Ciência Viva - Geologia no Verão.

Ciência Viva 2010 - Fraga do Arco

A primeira actividade teve lugar no dia 27 de Agosto, pelas 15.00 horas, subordinada ao tema: "Os quartzitos ordovícicos: cavidades naturais (Fraga do Arco), cruzianas e outras estruturas". A orientação desta actividade ficou a cargo do geólogo Dr. Rui Rodrigues, tendo contado com vários participantes nacionais e estrangeiros - Espanha, Reino Unido e Itália.

Ciência Viva 2010 - Minas de Ferro do Roboredo

No dia 28 de Setembro, teve lugar a segunda das actividades programadas, com visita às Minas de Ferro do Roboredo: Exploração mineira e bairro da Ferrominas e Cabeço da Mua. A orientação desta actividade ficou a cargo dos Drs. Rui Rodrigues, Nelson Campos e Rui Leonardo, e com a colaboração do Eng.º Afonso Calheiros e Menezes, Presidente da Direcção do PARM (explicação da flora e fauna da região) e do Dr. Higino Tavares, sócio do PARM. A acção esgotou a lotação (30 pessoas), tendo participantes do concelho de Torre de Moncorvo, de outros pontos do país e também de Espanha, Reino Unido e Itália.

As fotogafias dos eventos estão disponíveis no Picasa, podendo aceder a elas através das imagens acima apresentadas.

A organização agradece aos participantes, apoiantes (MF&RM e CMTM) e colaboradores (Srs. Hélder e Luís Ferreira) das duas actividades.

Aproveitamos para solicitar a todos os participantes que fizeram um registo fotográfico da acção, caso o entenderem, que nos façam chegar fotografias com os melhores pormenores, com o objectivo de integrarem o Relatório Final do Programa, sendo também publicados neste local, com os direitos de autor devidamente salvaguardados.

terça-feira, 29 de junho de 2010

ROTA DO FERRO - Pelos caminhos do Roboredo em BTT

(clicar sobre a imagem para a ampliar)

No próximo sábado, dia 3 de Julho, será realizado um passeio cicloturístico pela serra, com a designação "ROTA DO FERRO - pelos caminhos do Roboredo em BTT".
Esta actividade visa a divulgação do património geomineiro e das potencialidades paisagísticas da serra do Roborêdo, além de procurar fomentar uma modalidade que começa a ter bastantes praticantes no concelho de Torre de Moncorvo e outros concelhos das vizinhanças - o cicloturismo.
A iniciativa realiza-se no âmbito das actividades do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, com o apoio das Juntas de Freguesia de Torre de Moncorvo, Felgar e Felgueiras, da Associação Cultural de Torre de Moncorvo e com a cooperação da MTI-Ferro de Moncorvo, SA.

A actividade terá início pelas 8:00 horas, com concentração junto do Museu do Ferro, ou então pelas 9.00 horas no alto das Fragas da Carvalhosa (minas), atravessando longitudalmente a Serra do Roboredo, com diversas paragens em pontos de observação, terminando no miradouro da capela de Santa Leocádia, onde será servido o almoço (opcional, mediante inscrição paga). Para ver o itinerário clique
aqui.

As inscrições poderão fazer-se no edifício do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, sito no Largo Dr. Balbino Rego, através do telefone e fax do Museu (279252724), ou através do mail - museu-ferro@hotmail.com.

Contamos com a vossa participação e melhor divulgação deste evento!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

VI Simpósio sobre Mineração e Metalurgia históricas no SW europeu, começou hoje em Vila Velha de Ródão

Teve hoje início, em Vila Velha de Rodão, o VI Simpósio Internacional sobre Mineração e Metalurgia Históricas no Sudoeste Europeu, o qual irá decorrer até dia 20 do corrente.

O Encontro terá lugar na Casa das Artes e Cultura do Tejo, com algumas visitas de campo, nomeadamente às minas da Panasqueira.

O PARM e Museu do Ferro & da Região de Moncorvo serão representados pelo consócio e membro da direcção Nelson Campos

Ver: http://nomundodosmuseus.wordpress.com/2010/05/25/vi-simposio-sobre-mineracao-e-metalurgia-historicas-18-20-jun-2010/

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Palestra "Parque Paleozóico de Valongo", pela Prof. Doutora Helena Couto

Conforme anunciado no post anterior, decorreu ontem, dia 23, no auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, a palestra "Parque Paleozóico de Valongo - exemplo de geoconservação na área metropolitana do Porto", proferida pela Prof. Doutora Helena Couto (professora associada do Departamento de Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e coordenadora científica do Parque Paleozóico de Valongo),

Apresentação da oradora Doutora Helena Couto.

A sessão iniciou-se pelas 15.00 horas, tendo o Dr. Rui Rodrigues, coordenador da secção de geologia do PARM, apresentado a palestrante, e o motivo de oportunidade da palestra, no contexto do lançamento do Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico, de que o Parque Paleozóico de Valongo e o Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, são parceiros (ver post de 18 de Maio).

Aspecto geral da assistência.

Seguiu-se a intervenção da Prof. Doutora Helena Couto, que começou por referir o processo de criação do Parque Paleozóico, no seguimento de uma candidatura ao programa LIFE (1995), tendo culminado em 1998, a que se seguiu um protocolo entre a Câmara Municipal de Valongo e a Associação para o Desenvolvimento Científico /Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, entidade que presta apoio ao parque através do seu Centro de Geologia.

Em 2002 foi emitido parecer científico com vista à obtenção da figura de área de paisagem protegida para as Serras de Valongo, tendo em vista a protecção do património geológico, paleontológico, geomineiro e biológico.

Em 2004, foi feita uma proposta mais específica para protecção do património paleontológico, intitulada: “Ordovician fossils from Valongo Anticline”.

Todo este trabalho viria a ser reconhecido através da atribuição de um prémio, em 2003, à Câmara Municipal de Valongo e, em 2005, com o Prémio de Geoconservação PROGEO (prémio a que o município de Torre de Moncorvo também concorreu, em 2008, com o projecto “Museu do Ferro & da Região de Moncorvo”, tendo obtido uma Menção Honrosa).

Uma das trilobites que existem no Parque Paleozóico de Valongo.

Antes de referir as características e os aspectos mais relevantes do Parque (nomeadamente as condições de acesso e visita, os percursos, e o centro de interpretação), e dado que a palestra foi direccionada para um tipo de público não especializado, a autora apresentou uma breve cronologia das eras geológicas, desde o Pré-Câmbrico (542-488 Milhões de anos), pormenorizando de seguida os períodos de que existe um maior conjunto de testemunhos no contexto do Parque, ou seja, o Ordovícico (488-444 M.a.) e o Silúrico (444-416 M.a.), mas também do período Carbónico (359-299 M.a.), num tempo em que a península Ibérica já estava na região do Equador. – Nas fases anteriores, a massa de terra hoje correspondente à Em consonância com estes períodos, foi mencionado o tipo de rochas existentes e à sua génese, com destaque para as trilobites (adentro do Ordovícico), até aos últimos sedimentos da fácies marinha registados em Valongo (anticlinal de Valongo), do Silúrico. Referindo-se de seguida às várias mineralizações que ocorreram (Ouro, Antimónio, mas também Ferro), foi salientada a actividade humana, em termos de exploração, ao longo dos séculos, de que se encontram vestígios desde a época romana (mineração de ouro), até ao séc. XX (extracção de lousa e de carvão).

A assistência observando as cruzianas.

A finalizar, a Doutora Helena Couto explicitou a estrutura de funcionamento do Parque, com suporte no Centro de Interpretação Ambiental (C.M.Valongo), o qual faz actividades de divulgação a partir do centro interpretativo, a partir do qual se organizam vários percursos (“percurso verde”, "percurso amarelo", "percurso vermelho") com incidência na geomorfologia e minas visitáveis, numa viagem temporal desde o séc. I d.C., além de várias publicações e uma página na internet. O P.P.V. é muito procurado, quer por estudantes universitários, investigadores, público em geral e muitas visitas escolares (cerca de 10.000 alunos por ano). Até à data as visitas são gratuitas.

A Doutora Helena Couto explicando as diferenças entre vários tipos de trilobites.

Seguiu-se um período de debate e esclarecimento de dúvidas, e por fim, foram apresentados alguns exemplares de fósseis existentes no Parque Paleozóico, que foram cedidos pelo nosso consócio Dr. Higino Tavares, para esta palestra.
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Para mais informações sobre o Parque Paleozóico, poderão consultar: http://www.paleozoicovalongo.com/local.swf ou a página Valongo Ambiental. Para marcações ou visitas guiadas fazer deverá contactar o posto de turismo da autarquia (224227900) ou o e-mail: e-daqv@cm-valongo.pt.

Fotos PARM/MF&RM

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ciência Viva no Verão - Minas da Carvalhosa

O PARM realizou, no passado sábado, a segunda de três actividades relacionadas com o Programa Ciência Viva no Verão, desta vez nas minas de ferro de Moncorvo - zona da Carvalhosa. A orientação da sessão ficou a cargo dos Drs. Nelson Campos e Rui Leonardo, e com a excelente colaboração do geólogo, Dr. Higino Tavares.

Aqui ficam as imagens do evento que reuniu 30 pessoas de vários pontos do país, preenchendo a totalidade das vagas. Agradecemos, desde já, a sua participação.







(imagens: Arquivo PARM)

Para saber mais sobre as minas de Moncorvo, ver a excelente reportagem de autoria de Lígia Meira e Marcos Prata, para a Localvisão

sábado, 25 de julho de 2009

Congresso de Coria (Cáceres, Espanha), 24-27 de Setembro

Recebemos o folheto que abaixo reproduzimos sobre o
X CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE PATRIMONIO GEOLÓGICO Y MINERO, o qual se realizará entre 24 e 27 de Setembro de 2009 em CORIA (Cáceres, Espanha).

Esta é a XIV sessão científica da SEDPGYM, sob o tema: "UNA VISIÓN MULTIDISCIPLINAR DEL PATRIMONIO GEOLÓGICO Y MINERO":


Para mais informações, ver: http://www.igme.es/internet/XCIPGyM/

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Escorial de S. Pedro (Mós) - revolvimento profundo


Uma das marcas mais características da actividade metalúrgica de produção de ferro, no concelho de Torre de Moncorvo são os escoriais. As escórias eram a parte rejeitada no processo de fundição, por aí se concentrarem mais elementos não ferrosos e bolhas de ar.

Escoriais de ferro, em redor da Serra do Roboredo. A seta indica o escorial de S. Pedro (mapa disponível no Museu do Ferro, public. no respectivo Catálogo, edit. em 2002)

Em redor da serra do Roboredo e em certas povoações como Felgueiras, Felgar, Souto da Velha, Carviçais e Mós, são frequentes estas concentrações de escórias de ferro, chamadas popularmente "escouradais". É de supor que nesses locais, no subsolo, se encontrem alicerces de fornos de fundição e outros vestígios, pelo que foram incluídos, há anos, no inventário do património do concelho de Torre de Moncorvo.

Terreno onde se encontrava o escorial, agora revolvido. Ao fundo encontra-se a capela de S. Pedro (fotografia de João Pinto V. Costa)

Um desses escoriais era o que se encontrava próximo da capela de S. Pedro, freguesia de Mós, num terreno onde estava um amendoal. Passando recentemente pelo local, vimos que este tinha sido completamente surribado, pelo que todo o subsolo foi afectado, perdendo-se irremediavelmente toda a informação arqueológica eventualmente existente.

Algumas escórias de ferro ainda visíveis no terreno (foto de João P. V. Costa)


Embora não sabendo a cronologia de muitos desses escoriais, sabemos que são anteriores ao séc. XIX, pois a actividade metalúrgica ancestral terá terminado, na nossa região, nos fins do séc. XVIII, com a expansão da Revolução Industrial em Inglaterra e, depois, nos países mais desenvolvidos da Europa.
No caso de Mós, sabemos que a exploração do ferro remonta, pelo menos, ao século XVI, pois que o Dr. João de Barros, na sua Geografia de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes (1549), refere aí o fabrico do ferro, com o pormenor curioso de as mulheres estarem a dobar e a fiar nas suas rocas (com as mãos), e ao mesmo tempo, tangerem "com os pés os folles, enquanto os maridos fazem o ferro".

Por este motivo, e já que aqui "o ferro é a alma da terra", impõe-se a classificação urgente de todos os escoriais de ferro como Valores Concelhios, após a definição das respectivas áreas de dispersão de vestígios.