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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Concerto de Outono, no órgão histórico da igreja matriz de Moncorvo, dia 22/10/2016


Acontecimento cultural marcante, a assinalar o Dia dos Bens Culturais da Igreja - 22 de Outubro:

- CONCERTO DE OUTONO, no órgão de tubos ibérico da nossa igreja (Monumento Nacional), pelo Sr. Padre Sérgio Pera Fernandes, dia 22/10, às 21 horas. 

Depois de uma espera de mais de 30 anos e de uma morosa operação de restauro, e após a "inauguração" efectuada no dia 15/07/2016, este é o primeiro concerto a tirar partido deste instrumento histórico construído em 1778.

O Sr. Pe. Sérgio tem o curso de música em órgão de tubos ibérico e larga experiência neste tipo de instrumento. 

A não perder!

(Evento promovido pela Paróquia de N. S. da Assunção de Torre de Moncorvo, Secretariado dos Bens Culturais da Igreja, Diocese de Bragança-Miranda, Município de Torre de Moncorvo e Direcção Regional da Cultura do Norte)

sexta-feira, 17 de abril de 2015

18/04 - DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

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Para assinalar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, e o 50º aniversário do ICOMOS (Conselho Mundial dos Monumentos e Sítios), a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) escolheu o tema "Monumentos e Sítios: Conhecer, Explorar, Partilhar".
Se bem que, por condicionalismos vários, não tivessemos inserido a tempo a nossa candidatura às comemorações nacionais, não quisemos, todavia, deixar de assinalar a data. Esta comemoração torna-se ainda mais pertinente e simbólica, num tempo de aparente regresso a' barbárie, em que são destruidos bens culturais valiosíssimos e insubstituíveis, como tem acontecido na Síria e no Iraque.
Assim, aqui fica a divulgação de uma iniciativa a realizar no âmbito da DRCN, com a colaboração do Museu do Ferro e do PARM, a saber: duas visitas guiadas à igreja matriz de Torre de Moncorvo, conforme cartaz: 

(clicar sobre o cartaz para AMPLIAR)




sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Exposição fotográfica "Igreja Matriz de Torre de Moncorvo. Pormenores II", no Museu do Ferro!

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(clicar sobre o cartaz para AMPLIAR)

É já amanhã, dia 14 de Fevereiro, pelas 15horas, no Museu do Ferro & da Região de Moncorvo.
No seguimento da exposição "Igreja Matriz de Torre de Moncorvo, Pormenores I", João Pinto Vieira Costa, volta a expor (em colaboração com Nelson Campos), mais um lote de imagens sobre este portentoso monumento. A não perder!!


sexta-feira, 23 de maio de 2014

DRCN promove concerto na igreja matriz de Moncorvo

Chamamos a atenção para esta iniciativa da DRCN, que terá lugar na igreja matriz de Torre de Moncorvo no próximo dia 31 de Maio, às 21:30h. O concerto insere-se no programa Jovens Músicos no Património a Norte, e estará a cargo da Orquestra de Câmara da Maia.
Saudamos naturalmente este evento cultural no excepcional monumento que é a nossa igreja, com excelentes condições acústicas para o efeito, e pelo repertório escolhido (música barroca), em sintonia com a decoração retabular do interior do espaço.
É de salientar que, para além da nossa igreja, apenas mais dois monumentos foram contemplados nesta digressão (mosteiro de Leça, em Matosinhos, e igreja de Caminha).
Aqui fica a informação e o convite que nos foi dirigido:

(Interior da igreja matriz de Moncorvo - foto DRCN)

CONVITE
O ciclo Música em Tempo Pascal é uma iniciativa da Direção Regional de Cultura do Norte, inscrevendo-se no eixo de programação Jovens Músicos no Património a Norte.
A Orquestra de Câmara de Maia, à qual se associa o Coro de Câmara Invictus Ensemble, interpretam a Missa Sancti Nicolai, Joseph HAYDN( 1732-1809) e o Gloria, RV 589, Antonio VIVALDI (1678-1741) nos seguintes monumentos nacionais, classificados em 1910 e afetos à DRCN:
Igreja do Mosteiro de Leça do Balio | Matosinhos-Porto | 23 de maio pelas 21:45;
Igreja Matriz de Torre de Moncorvo | Torre de Moncorvo – Bragança | 31 de maio pelas 21:30;
Igreja Matriz de Caminha | Caminha – Viana do Castelo | 6 de junho pelas 21:45.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Visita guiada à igreja matriz de Torre de Moncorvo

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Realizaram-se no passado fim de semana, duas visitas guiadas à igreja matriz de Torre de Moncorvo, organizadas pela DRCN (Direcção Regional da Cultura do Norte), no âmbito do programa de visitas de Verão à Rede de Monumentos do Vale do Douro.
No caso da nossa igreja, a visita foi orientada por N.Campos (DRCN) e Eugénio Cavalheiro (do PARM), ambos autores de uma monografia sobre este Monumento.
 
Aqui ficam algumas fotos tiradas por Ademar Tavares e José Sá, a quem agradecemos:
 
Vista geral do exterior, ângulo SW
 
Vista do exterior, lado Norte.
 
Observando o portal Sul
 
Admirando as abóbadas.

O Sr. Comandante Cavalheiro apresenta a sacristia.
 
Defronte da capela do Santíssimo Sacramento.


Visita à torre sineira, excelente miradouro sobre a vila.
 
Nota final: além do interesse dos participantes (infelizmente poucos, apesar da gratuitidade da visita), felicitamos o município de Torre de Moncorvo pela recente acção de limpeza da torre e do adro, assim como as zeladoras do templo, que com brio e carinho mantêm sempre limpo o seu interior.
A nossas felicitações também à DRCN por esta iniciativa das Visitas de Verão.
 
Terminamos com um apelo à juventude e frequentadores dos bares e esplanadas nestes dias de Festa do verão: utilizem os caixotes do lixo mais próximos para depositarem os copos plásticos, garrafas e afins, mantendo limpo, o mais possível, o adro e o centro histórico da nossa vila.
 
Apoiamos a "movida" nocturna moncorvense, mas lembrem-se que este Centro Histórico é a sala de visitas da nossa terra - vamos mantê-la limpa e condigna!!
 


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Rede de Monumentos do Vale do Douro - visitas guiadas Verão 2013

 
(Clicar sobre o cartaz para AMPLIAR)

Para os associados e visitantes do blogue em geral, aqui fica o cartaz das visitas guiadas que a DRCN vai promover, em 2ª edição, neste Verão, em vários monumentos do interior Norte, começando em Bragança e Miranda até Foz Côa e Numão, passando pela igreja matriz de Torre de Moncorvo, obviamente. Na nossa igreja as visitas decorrem nos dias 10 e 11 (à escolha), sendo guiada por Nelson Campos, na sua qualidade de técnico superior da DRCN.

Para mais informações e inscrições, ver: http://www.culturanorte.pt/destaques,0,907.aspx

PARTICIPEM! (é grátis)
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Boas Festas e Feliz Ano 2013


Anjo - escultura de madeira polícroma, séc. XVIII (Barroco), igreja matriz de Moncorvo

Património é Cultura, e todos sabemos como em situações de crise esta é a sobremesa que se dispensa... Confiamos, todavia, que a Cultura e a Arte ajudem à redenção deste mundo e concorram para afastar as trevas que teimam em pairar sobre as nossas vidas.

A direcção do PARM deseja a todos os seus associados, amigos e visitantes do blogue em geral, um feliz Natal e um bom ano de 2013, esperando que o Anjo nos guie e ajude a superar a Crise...

Paz e Saúde para todos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Programa de Visitas a Monumentos do Leste trasmontano principia por Moncorvo

Terá início no próximo fim-de-semana um programa de Visitas ao Património Monumental do Leste Trasmontano, promovido pela Direcção Regional da Cultura do Norte.
Este programa vai decorrer no período de férias de Verão, com uma 1ª fase em Julho/início de Agosto e, numa 2ª fase, em Setembro.
O primeiro monumento que será alvo de visita é a igreja matriz de Torre de Moncorvo, já no próximo Sábado, dia 30 de Junho (com repetição no dia 1 de Julho), pelas 16:00h.
Pode inscrever-se através do telef. nº. 22 619 78 96 (das 9 às 13 horas dos dias úteis).


Ver mais em: http://www.culturanorte.pt/destaques,0,552.aspx


Foto: Arquivo do PARM/Direitos reservados.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Igreja matriz de Torre de Moncorvo: DRC-N intervém no alpendre da Senhora do Coberto


 
Realizou-se recentemente uma acção de limpeza e substituição do vidro que protege o nicho onde se encontra a imagem de Nossa Senhora do coberto, no alpendre do lado Sul da igreja matriz de Torre de Moncorvo.
Esta intervenção, realizada por uma empresa de Conservação e Restauro ao serviço da Direcção Regional da Cultura do Norte, incluíu ainda a colocação de uma série de pontas metálicas ao longo das cornijas e saliências sob o alpendre, de forma a evitar a concentração de pombas nesses pontos, com respectiva acumulação de dejectos. 

Como é sabido os dejectos das pombas, pela acidez que comportam, é altamente nocivo para a pedra. Daí esta solução, adoptada há já vários anos em monumentos pétreos.






> Aqui pode ver-se um aspecto da imagem conhecida por Nossa Senhora do Coberto, antes da intervenção.
E aqui fica um aspecto da Senhora do Coberto, ou Nossa Senhora de Guadalupe, em todo o seu esplendor, após a intervenção de limpeza e colocação de novo vidro (o anterior encontrava-se partido):

Fotos: N.Campos/DRC-N

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A tradição ainda é o que era. Eram célebres, noutros tempos, os presépios que fazia o Sr. Júlio Dias, que acumulava as funções de sacristão e de guarda da igreja por conta da Direcção Geral dos Monumentos Nacionais. Não sabemos desde quando se fazem os presépios na nossa igreja, pela época natalícia, mas é de supor que desde os tempos do Barroco, período áureo dos presépios (há referências documentais do séc. XVIII à "junça", talvez juncos, que se transportava para a igreja, para o presépio). Em tempos mais recentes a montagem do presépio tem estado a cargo das zeladoras da igreja, que no presente ano contaram com a ajuda do agrupamento de Escuteiros (em fase de reorganização).
Aqui fica o nosso apoio e estímulo para que se mantenha esta representação do Nascimento de Cristo, como mais um atractivo de visita à igreja matriz de Torre de Moncorvo.

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por: N.Campos

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Igreja matriz de Torre de Moncorvo é monumento nacional há 100 anos

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Igreja matriz de Torre de Moncorvo (foto de N.Campos)

A tomada de consciência da importância dos chamados "monumentos pátrios" e da necessidade imperiosa da sua preservação foi uma longa odisseia, tendo decorrido emergido na Europa do século XIX, depois de os vendavais das revoluções liberais e da "política do camartelo" ter destruído imensos mosteiros, igrejas e castelos. Espíritos mais esclarecidos, como Victor Hugo, em França, ou Almeida Garrett e Alexandre Herculano em Portugal, clamaram no sentido da preservação e da recuperação dos monumentos.

Uma das medidas pensadas para se preservar o que hoje chamamos de "património" (conceito que implica a noção de "herança colectiva", a "heritage" dos ingleses), foi o seu reconhecimento e classificação.

No caso português, há que destacar o papel da Academia das Ciências, que em 1836 promoveu a criação de uma primeira comissão para o levantamento de edifícios importantes, que deveriam ser salvaguardados pelo Estado.

Mais tarde surgiu a Real Associação de Archeólogos e Architectos Civis, que viria a constituir também uma comissão de monumentos nacionais (criada em 1881), tendo em vista uma primeira inventariação de edifícios de excepção, com descrição do estado de conservação e, se possível, desenho.

Outras comissões se seguiriam, quer no âmbito do Ministério da Instrução Pública e de Belas Artes, quer do ministério das obras públicas, até que em 1901 se constituíu um Conselho de Monumentos Nacionais, responsável pela definição de um conjunto de critérios para a classificação de monumentos (decreto de 30.12.1901). - Uma primeira lista foi publicada com o decreto de 10 de Janeiro de 1907, sendo ratificada pelo decreto de 16 de Junho de 1910, faz hoje 100 anos (ver em baixo), incluindo-se neste primeiro lote de monumentos a igreja matriz de Torre de Moncorvo:

Diário do Governo, decº. de 16.06.1910, public. em 23.06.1910
Por: Nelson Campos

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Jornadas sobre valorização do Património fronteiriço

(Jornal de Notícias, 2010.04.28 - para Ampliar: clicar sobre o recorte)

Realizaram-se entre os dias 27 e 28 de Abril umas jornadas técnicas sobre a valorização de Património, no âmbito da candidatura "Terra de Fronteira e Vale do Douro", apresentada ao POCTEP pela DRCNorte e Junta de Castela e Leão.
Estas jornadas incluíram uma digressão por vários monumentos recentemente recuperados e valorizados ou em vias disso, como por exemplo a Domus Municipalis de Bragança, mosteiro de Castro de Avelãs, castelo de Algoso, Sé de Miranda do Douro, igreja de Freixo de Espada à Cinta e castelo de Ansiães.
A candidatura em que se inserem estas jornadas encontra-se em execução, prevendo-se um investimento de 360.000,00€ (com comparticipação do FEDER) para 2009/2010, só do lado português.
A Directora Regional da Cultura, Arqtª. Paula Silva, ao referir-se ao que já foi feito reconheceu que ainda há muito a fazer, no que toca à recuperação do património do interior próximo da zona fronteiriça: "...ainda há obras de vulto, pesadas, do ponto de vista financeiro, como a cobertura da Sé de Miranda e a igreja matriz de Moncorvo".
Congratulamo-nos, naturalmente, pelo trabalho realizado e também pela intenção de investimento na recuperação da nossa igreja. Apenas esperamos que, no caso do nosso monumento, os problemas se resolvam quanto antes, pois chove como na rua em alguns pontos do interior da igreja, com implicações na conservação da talha e das imagens (algumas bem antigas), além do estado periclitante do muro do adro (lado Poente), a carecer de escoramento, pois receamos que possa desabar em situação de maiores enxurradas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Igreja Matriz de Moncorvo - Recuperação de sacrário

No dia 16.11.2009, da parte da manhã, uma equipa da empresa Arte & Talha (de Santa Comba Dão, Viseu), procedeu à remoção do Sacrário localizado no absidíolo correspondente à capela do Santiíssimo Sacramento, com vista ao seu restauro – trabalho adjudicado pela Direcção Regional da Cultura do Norte/Serviço de Bens Culturais, após informação de duas técnicas superiores de Conserv. e Restauro de Tibães.

Durante a operação de remoção do sacrário verificou-se que praticamente todos os colunelos que ladeiam o corpo da peça se encontravam muito atacados pelos xilófagos, assim como uma peça intermédia entre o sacrário e a sua cúpula. Na base, ao proceder-se ao levantamento, encontrou-se uma colónia de milhares de insectos. Segundo os técnicos, a praga pode ter-se instalado há cerca de 2 anos, sendo este um problema comum a muitas peças de arte em igrejas portuguesas, de há uns anos a esta parte, possivelmente relacionado com as alterações climáticas.

Espera-se o resultado final do restauro, de que se dará posterior informação. Entretanto a igreja matriz de Moncorvo, fica temporariamente privada de um dos seus tesouros artísticos, a bem da sua salvaguarda e recuperação (que se impunha).

(Fotos PARM)

Recuperação de pináculo na Igreja Matriz de Moncorvo

Em Agosto de 2009, na sequência da cedência do muro Poente do adro da igreja matriz de Torre de Moncorvo, e da posterior retirada de três pináculos do mesmo muro, que foram vandalizados, a direcção do PARM deliberou analisar o estado de conservação de todos estes elementos arquitectónicos, assim como de todos os cruzeiros e pontos de fragilidade do muro que delimita o adro, e outros aspectos a carecer de intervenção urgente por parte da tutela do monumento. O relatório dessa "peritagem" foi entregue à tutela do monumento, assim como ao Município de Torre de Moncorvo.
Os técnicos no decorrer dos trabalhos. O pináculo depois de restaurado.
Entretanto, uma equipa da empresa Ca CO3, Conservação do
Património Artistico, Lda. (Tomar),
contratada pela Direcção Regional da Cultura do Norte/Serviço de Bens Culturais, procedeu, na passada semana, à remontagem, consolidação e restauro de um pináculo, que se encontra na escadaria Sul da parte dianteira do Adro. - Congratulamo-nos com esta medida, esperando que se consigam arranjar as verbas necessárias para a consolidação de outros pináculos e cruzeiros, assim como para outras obras de restauro deste monumento que é o nosso ex-libris por excelência.

(Fotos PARM)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Vandalismo em redor da igreja matriz de Torre de Moncorvo

A igreja matriz de Torre de Moncorvo, monumento nacional desde 1910, é, justamente, o ex-libris desta vila. Uma obra grandiosa que custou um esforço colossal aos nossos antepassados, que carregaram alguns milhares de toneladas de pedras de granito, desde pedreiras algo distantes, localizadas algures no termo do Larinho, com os meios rudimentares da época (carros de bois), e as esculpiram à mão, com o saber e a arte de homens que tiveram uma longa aprendizagem, normalmente passada de pais para filhos ou de mestres para discípulos.
Por tudo isto, independentemente do aspecto religioso, este monumento deveria merecer-nos o maior RESPEITO. Todavia, infelizmente, como bem diz o nosso conterrâneo e Amigo, Professor Rentes de Carvalho, parece que o respeito morreu, ou, no mínimo, se "acanalhou" (ver, a propósito: http://tempocontado.blogspot.com/2009/08/respeitinho.html)

Vem este arrazoado a propósito dos diversos atentados de que a nossa igreja tem sido vítima. Há uns anos a esta parte, são os "graffitis" nas traseiras, cujos casos já têm culminado em Tribunal, dando lugar depois a complexas e dispendiosas operações de remoção. Tudo isto porque há quem não se preocupe em vender latas de tinta em spray a adolescentes "inconscientes" e, por outro lado, estes, parece que cada vez mais inconscientes e desresponsabilizados, não encontram melhor lugar do que este para escreverem o que lhes vem à cabeça.

Mas, para além dos "graffitis", agora são também os elementos escultóricos que são atingidos. No ano passado (2008) foi atirado abaixo um pináculo rematado por uma bola de pedra, tendo partido, ao cair. alguns degraus das escadas de acesso ao adro, próximo da fachada principal.
Mais recentemente, a empresa que fez a obra de rectificação do adro do lado Poente, deixou outros pináculos e respectivos remates esféricos em granito, encostados às traseiras da igreja. Os jovens noctívagos não encontraram melhor passatempo do que rolar as bolas de pedra pelas ruas da vila, obrigando posteriormente à sua recolha no alpendre do lado Sul.
No entanto, como parece que não houve quem tivesse solicitado à dita empresa o resguardo dos ditos elementos escultóricos, temporariamente retirados dos seus locais próprios, para onde ninguém lhes mexesse (como p. ex. o referido alpendre do lado Sul), era facilmente previsível que a sanha vandálica se viesse a exercer sobre estas peças. Resultado: foi há dois dias partido um dos pináculos, o mesmo podendo acontecer com os dois restantes.
De resto, parece que a falta de cuidado da empresa que executou a obra (muito deficientemente, diga-se de passagem), já tinha estropiado a extremidade de um dos remates triangulares de um dos pináculos.
A peça derrubada acabou por partir-se em três fragmentos, sendo agora praticamente impossível de se emendar, pelo que a solução terá de passar pela substituição da peça antiga por uma nova, sem valor histórico. É caso para se dizer que em Portugal, onde não houve guerras com a violência da Guerra Civil espanhola, nem fomos atingidos pelas Guerras Mundiais, conflitos que lesaram gravemente o património do resto da Europa, a pontos de serem poucos os monumentos que possuem integralmente originais, nós por cá, não tendo isso, temos em contrapartida a ignorância e a falta de cidadania de um povo que não estima nem ama o seu Património.
E quando julgávamos que as gerações mais novas poderiam ter outra atitude, deparamo-nos com estas tristes situações.
Há ainda os vidros de garrafas partidos, juncando o adro, a urina e a conspurcação pelos cantos.
Defendemos, em dado momento, que uma forma de animar o Centro Histórico seria a abertura de bares e cafés, com respectivas esplanadas, que atraísse gente, nomeadamente juventude para estas zona, como víramos em outras cidades europeias e peninsulares (p. ex. Salamanca, Santiago de Compostela, etc.). Hoje estamos a pontos de rever essa nossa ideia e a confessar a nossa desilusão, quando constatamos o impacto negativo que está a acontecer no Património e no asseio das vias públicas, para além do adro da igreja.

Na ausência de civilidade, é caso para se perguntar: por onde andam as autoridades?
Sendo certo que não é com repressão que se resolvem estes problemas, mas sim através do processo educativo (que começa em casa) e pela consciencialização progressiva, não deixa de ser também verdade que uma maior vigilância poderia dissuadir certo tipo de desacatos e de "divertimentos"...
Talvez também seja necessário rever os horários destes bares, nesta zona.

Bem perto deste muro do adro há caixotes metálicos onde se poderiam meter as garrafas vazias (algumas ainda semi-cheias). Fica o apelo aos jovens: será que é muito difícil meterem este vasilhame nos ditos contentores?

Por outro lado, não seria melhor acariciar as pedras antigas, em vez de as deitarem abaixo, deixando cicatrizes insanáveis em degraus desgastados pelo tempo e pelos milhões de pés que por eles passaram, dando-lhes precisamente esse valor histórico que lhes vem da sua antiguidade?
O que temos agora são pedras magoadas, como magoadas são estas nossas palavras, ao constatarmos esta falta de respeito pelo que é nosso, pelo que é de todos, pelo monumento mais importante que sempre deu carácter a esta vila...
Fica o apelo: divirtam-se, mas sem estragar! Respeitem um Património que é vosso também, Ok?