Mostrar mensagens com a etiqueta Cultura. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cultura. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Jornadas sobre valorização do Património fronteiriço

(Jornal de Notícias, 2010.04.28 - para Ampliar: clicar sobre o recorte)

Realizaram-se entre os dias 27 e 28 de Abril umas jornadas técnicas sobre a valorização de Património, no âmbito da candidatura "Terra de Fronteira e Vale do Douro", apresentada ao POCTEP pela DRCNorte e Junta de Castela e Leão.
Estas jornadas incluíram uma digressão por vários monumentos recentemente recuperados e valorizados ou em vias disso, como por exemplo a Domus Municipalis de Bragança, mosteiro de Castro de Avelãs, castelo de Algoso, Sé de Miranda do Douro, igreja de Freixo de Espada à Cinta e castelo de Ansiães.
A candidatura em que se inserem estas jornadas encontra-se em execução, prevendo-se um investimento de 360.000,00€ (com comparticipação do FEDER) para 2009/2010, só do lado português.
A Directora Regional da Cultura, Arqtª. Paula Silva, ao referir-se ao que já foi feito reconheceu que ainda há muito a fazer, no que toca à recuperação do património do interior próximo da zona fronteiriça: "...ainda há obras de vulto, pesadas, do ponto de vista financeiro, como a cobertura da Sé de Miranda e a igreja matriz de Moncorvo".
Congratulamo-nos, naturalmente, pelo trabalho realizado e também pela intenção de investimento na recuperação da nossa igreja. Apenas esperamos que, no caso do nosso monumento, os problemas se resolvam quanto antes, pois chove como na rua em alguns pontos do interior da igreja, com implicações na conservação da talha e das imagens (algumas bem antigas), além do estado periclitante do muro do adro (lado Poente), a carecer de escoramento, pois receamos que possa desabar em situação de maiores enxurradas.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Orçamento de Estado para Cultura promete olhar mais para o Património

Foi divulgado ontem (dia 27) no Jornal de Notícias, que a verba do Orçamento de Estado para a Cultura vai crescer em 11% face ao orçamento de 2009, apostando na "promoção da Língua Portuguesa e a reabilitação do Património". Este último é um tema muito caro à nossa associação, conforme temos alertado neste blogue (veja-se, por exemplo os post's de 10 de Agosto e de 18 de Novembro de 2009).

Esperemos que este incremento possa possibilitar a reabilitação necessária e urgente da Igreja Matriz de Moncorvo (Monumento Nacional afecto aos serviços do Ministério da Cultura), quer pelos problemas antigos, que se têm vindo a agravar - caso do muro do lado Poente, infestação dos altares por térmitas - mas também pelos problemas mais recentes - como é o caso das infiltrações na ábside do Altar das Chagas que obrigaram à remoção de algumas das imagens e que estão a destruir os retábulos de talha dourada, ou as infiltrações junto ao coro Sul.

Uma das medidas anunciadas, como se lê no recorte acima, é a criação de um "sistema de avaliação do estado dos imóveis classificados do Estado". Congratulamo-nos com esta medida, esperando que o Serviço de Bens Culturais das Direcções Regionais da Cultura implemente esse tipo de peritagens (para o que já demos um modesto contributo, no ano passado, no que toca à igreja matriz de Torre de Moncorvo), e, logo que haja disponibilidade de verbas, se passe à fase de recuperação, não descurando as medidas de manutenção e de conservação preventivas. Damos um exemplo: impõe-se, no caso de certas igrejas como a nossa, a limpeza dos canais de condução de águas pluviais, no topo das paredes ao nível dos telhados, normalmente obstruídos pelos excrementos de pombas, o que obriga à retenção de águas que geram infiltrações pelas paredes, interferindo depois com a estabilidade das estruturas.

Acrescentamos ainda que essas medidas de diagnóstico, e posterior intervenção, não se deveriam circunscrever aos "imóveis classificados do Estado", mas deveriam ser alargadas a outros imóveis (para já apenas os classificados) que sejam propriedade privada. Damos como exemplos o ermitério de Senhora da Teixeira (junto ao lugar de Sequeiros, fregª. de Açoreira, no concelho de Moncorvo), ou ruínas de Santa Cruz da Vilariça (fregª. de Adeganha, também no concelho de Torre de Moncorvo), isto só para mencionar dois casos a reclamar intervenção urgente, no nosso concelho. Muitos mais há, mas ficamo-nos por aqui, esperando que o reforço da dotação orçamental do M.C. não se fique apenas pelos monumentos mais emblemáticos de Lisboa, Porto e Algarve, ou pela orla litoral, dado que o interior é cada vez mais procurado como destino turístico.