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quarta-feira, 12 de agosto de 2020

ARQUIVO MEMÓRIAS - PARM 1987


Os primeiros trabalhos arqueológicos de carácter sistemático no arqueossítio do Baldoeiro foram iniciados pelo PARM em 1986. Neste ano, após a descoberta da localização da desaparecida capela de S. Mamede (mencionada na bibliografia), fez-se uma primeira acção de limpeza do terreno (corte de vegetação) e registo fotográfico.
No ano seguinte (1987) foram iniciadas as escavações, que se desenvolveram ao longo do mês de Julho-Agosto. - Foi há 33 anos!

Da parte da manhã realizavam-se os trabalhos de campo. Regressávamos por volta do meio-dia, se não houvesse banhoca no Sabor. À tarde, faziam-se alguns trabalhos de gabinete: lavagem e marcação de cerâmica.

Aqui ficam alguns "slides" desses tempos (colecção particular de Miguel Areosa Rodrigues):






(clicar sobre cada imagem para a AMPLIAR)

Ver também no Facebook do PARM: 



sexta-feira, 20 de março de 2020

Assembleia Geral - Adiamento

Caros consócios,
Estando inicialmente prevista a realização da Assembleia Geral da nossa associação para o próximo dia 4/04/2020 (sábado), pelos motivos que todos sabem, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral, de comum acordo com a Direcção, decidem adiar esta reunião para data mais oportuna, a anunciar logo que seja possível.
Certos da vossa compreensão pelo inaudito desta situação, desejamos-vos muita saúde e tudo de bom.
Cumpram as regras da "quarentena" e resguardem-se!
Saudações associativas.

segunda-feira, 25 de março de 2019

Assembleia Geral do PARM


Informamos os nossos consócios que se realiza no próximo dia 6 de Abril (sábado), pelas 9:00h, a Assembleia Geral ordinária desta associação, conforme convocatória que se anexa:
(clicar sobre o documento para AMPLIAR)

domingo, 18 de novembro de 2018

Homenagem ao Sr. Comandante Cavalheiro - Sócio Honorário e Emérito do PARM

Comandante Eugénio Cavalheiro

Diploma de Mérito e Sócio Honorário do PARM, entregue no dia 17.11.2018

E a reportagem n FACEBOOK do PARM.




sexta-feira, 31 de março de 2017

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Assembleia Geral ordinária - 11.04.2015

Convocatória
(clicar sobre o doc, para AMPLIAR)

sábado, 22 de março de 2014

Assembleia Geral ordinária

Informam-se os associados que se realizará no próximo dia 29 de Março a Assembleia Geral ordinária desta associação, com a ordem de trabalhos que se segue:
(Clicar no doc. para AMPLIAR)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Nova sede do PARM

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Como foi do conhecimento geral, no âmbito das comemorações municipais do 25 de Abril foram entregues as chaves de novas sedes a três associações de Torre de Moncorvo, entre as quais o PARM. A nós tocou-nos o rés-do-chão da Casa do Morgado Leopoldo Henriques (sob a agência local do BES), onde se encontrava um jardim de infância entretanto transferido para o Agrupamento de Escolas. 
A cedência foi feita ao abrigo de um contrato de comodato por 20 anos, podendo ser prolongado, caso a associação se mantenha activa. 
Depois de se ter gorado a possibilidade de aquisição de uma casa contígua ao museu para sede do PARM, sobre a qual chegou a haver uma deliberação camarária em 2001, pensamos que assim, finalmente, se resolve um dos problemas associativos, que era o de uma sede própria, tendo-nos arrastado ao longo dos tempos por diversas sedes provisórias, num longo historial que oportunamente poderemos fazer aqui no blogue.
Importa lembrar que nos ligam ao presente espaço algumas afinidades, atento o facto de termos intercedido pela sua preservação, em 1999, junto de quem de direito, o que veio a acontecer, longe de pensarmos que algum dia aqui ficaríamos sediados. 
Na verdade trata-se de um edifício histórico cuja construção terá sido iniciada no 1º quartel do século XVIII, certamente pensado para ser um vasto palácio, mas cujo projecto inicial terá sido condicionado pela falta de recursos por parte dos proprietários, a família Botelho de Magalhães. Mesmo assim, foi construída aos "bochechos" e nela terá nascido o pai de um dos fundadores da República do Brasil, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, como em tempos escrevemos aqui: http://torredemoncorvoinblog.blogspot.pt/2009/07/fundador-da-republica-do-brasil-era.html

Fachada Poente da Casa Leopoldo Henriques - sede do PARM no r/c

 Angulo SW, vendo-se parte do logradouro

 Fachada do lado Norte - entrada da actual sede do PARM, no r/c

Momento das mudanças - espólio encaixotado

Aposento que se destina ao secretariado.
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal e Bom ano 2012

(clicar sobre o postal)


A associação do PARM deseja a todos os seus associados, amigos e visitantes do blogue em geral, um feliz Natal e um bom ano de 2012.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ciência Viva - Geologia no Verão em Moncorvo

Decorreram no passado fim de semana (sexta-feira e sábado) as duas actividades promovidas pelo PARM no âmbito do Programa Ciência Viva - Geologia no Verão.

Ciência Viva 2010 - Fraga do Arco

A primeira actividade teve lugar no dia 27 de Agosto, pelas 15.00 horas, subordinada ao tema: "Os quartzitos ordovícicos: cavidades naturais (Fraga do Arco), cruzianas e outras estruturas". A orientação desta actividade ficou a cargo do geólogo Dr. Rui Rodrigues, tendo contado com vários participantes nacionais e estrangeiros - Espanha, Reino Unido e Itália.

Ciência Viva 2010 - Minas de Ferro do Roboredo

No dia 28 de Setembro, teve lugar a segunda das actividades programadas, com visita às Minas de Ferro do Roboredo: Exploração mineira e bairro da Ferrominas e Cabeço da Mua. A orientação desta actividade ficou a cargo dos Drs. Rui Rodrigues, Nelson Campos e Rui Leonardo, e com a colaboração do Eng.º Afonso Calheiros e Menezes, Presidente da Direcção do PARM (explicação da flora e fauna da região) e do Dr. Higino Tavares, sócio do PARM. A acção esgotou a lotação (30 pessoas), tendo participantes do concelho de Torre de Moncorvo, de outros pontos do país e também de Espanha, Reino Unido e Itália.

As fotogafias dos eventos estão disponíveis no Picasa, podendo aceder a elas através das imagens acima apresentadas.

A organização agradece aos participantes, apoiantes (MF&RM e CMTM) e colaboradores (Srs. Hélder e Luís Ferreira) das duas actividades.

Aproveitamos para solicitar a todos os participantes que fizeram um registo fotográfico da acção, caso o entenderem, que nos façam chegar fotografias com os melhores pormenores, com o objectivo de integrarem o Relatório Final do Programa, sendo também publicados neste local, com os direitos de autor devidamente salvaguardados.

quarta-feira, 3 de março de 2010

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Boas Festas

(clique na imagem para aumentar)

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ciência Viva no Verão - Minas da Carvalhosa

O PARM realizou, no passado sábado, a segunda de três actividades relacionadas com o Programa Ciência Viva no Verão, desta vez nas minas de ferro de Moncorvo - zona da Carvalhosa. A orientação da sessão ficou a cargo dos Drs. Nelson Campos e Rui Leonardo, e com a excelente colaboração do geólogo, Dr. Higino Tavares.

Aqui ficam as imagens do evento que reuniu 30 pessoas de vários pontos do país, preenchendo a totalidade das vagas. Agradecemos, desde já, a sua participação.







(imagens: Arquivo PARM)

Para saber mais sobre as minas de Moncorvo, ver a excelente reportagem de autoria de Lígia Meira e Marcos Prata, para a Localvisão

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ciência Viva no Verão - Fraga do Arco

No passado sábado, dia 22 de Agosto, teve lugar a primeira das três actividades programadas pelo PARM para o Programa Ciência Viva no Verão 2009, que se centrou na Fraga do Arco, em Maçores.
A explicação geológica ficou a cargo do geólogo Dr. Rui Sousa e Rodrigues, que demonstrou como teria origem a formação quartzítica que consitui este monumento geológico.
Aqui ficam as imagens do evento que contou com a participação de 20 pessoas, originárias do concelho de Moncorvo, assim como de outros pontos do país.
A organização agradece aos participantes todo o empenho e interesse demonstrado no decorrer da acção.

A fraga do Arco, vista do ponto de explicação da formação quartzítica, onde se insere.

Os participantes atentos à explicação do Dr. Rui Sousa e Rodrigues



A chegada...


Fotografia de grupo com os participantes da acção.

Os jovens na Fraga.


Um momento de descanso e de apreciação da envolvente...


Formação quartzítica que se encontra defronte da fraga do Arco,
na margem direita do ribeiro de Vale de Cerejais.
(Fotos: Arquivo do PARM)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Programa Ciência Viva - Geologia e Biologia no Verão 2009

Pelo terceiro ano consecutivo o PARM organiza actividades no âmbito do Programa Ciência Viva. No corrente ano decidimos organizar uma actividade no âmbito da Biologia no Verão, associada a outras duas relacionadas com a Geologia.

A inscrição nas actividades é obrigatória, com o máximo de 30 participantes por actividade. Podem efectuar as inscrição através dos seguintes meios:

- Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, no Largo Dr. Balbino Rego
- pelo telefone: 279 252 724
- por e-mail: parmoncorvo@gmail.com ou museu-ferro@hotmail.com
- pelo site do Programa Ciência Viva: http://www.cienciaviva.pt/veraocv/2009/

Recomendamos aos participantes trazerem roupa e calçado apropriado, bem como protector solar, dada as elevadas temperaturas e intensidade do raios ultra-violetas.

Contamos com a vossa participação e a melhor divulgação deste evento!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Palestra sobre Património do concelho de Torre de Moncorvo - em jeito de balanço

Mesa da conferência, no início da sessão
Como foi anunciado, realizou-se no sábado passado, dia 8 de Agosto, no auditório do Museu do Ferro e no contexto da Exposição "VESTÍGIOS...", a palestra sobre o Património Arqueológico e Arquitectónico do concelho de Moncorvo.
Aberta a sessão pelos representantes do município (Sr. João Rodrigues, em representação do Sr. Presidente da Câmara) e do PARM (Engº. Afonso Calheiros e Menezes, Presidente da Direcção), seguiram-se as intervenções do Sr. Prof. Doutor Adriano Vasco Rodrigues, Sr. Norberto Santos e Drs. Nelson Campos e Rui Leonardo.
O Professor A. Vasco Rodrigues, Amigo do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, referiu-se aos seus trabalhos pioneiros, em co-autoria com sua esposa, Drª. Maria da Assunção Carqueja (natural do Felgar), sobre a problemática da metalurgia antiga na região, partindo do estudo dos escoriais e da documentação (nomeadamente pergaminhos medievais actualmente guardados no Arquivo Histórico de Torre de Moncorvo), tendo realizado escavações e até uma reconstituição de um forno de fundição, no que pensamos ter sido o primeiro caso de Arqueologia Experimental em Portugal (1963). Referiu-se ainda aos seus trabalhos em colaboração com o insigne epigrafista D. Domingos de Pinho Brandão, no Vale da Vilariça (Missão de estudo arqueológico, em 1962), e a descoberta da ara dedicada a Denso, em Silhades, no vale do Sabor, entre outros valiosos contributos para a arqueologia e história da nossa região.


Imagem da apresentação, com evocação dos pioneiros da Arqueologia da região.

O Sr. Norberto Santos, filho do Prof. Santos Júnior, residente em Torre de Moncorvo (e também Amigo do Museu do Ferro) relatou algumas andanças de seu pai, nomeadamente em Moçambique, onde partiu uma perna na sequência de um ataque de abelhas bravias, quando procedia ao levantamento de uma gruta com pinturas rupestres. A partir desse acidente o Prof. Santos Júnior passou a ter de usar uma bengala, a qual usava como escala, nos seus registos arqueológicos.

Os organizadores desta sessão fizeram questão de referir ainda o contributo de outros pioneiros da arqueologia da região, como o abade José Augusto Tavares (1868-1935), e, a nível mais local, as recolhas do Dr. Horácio Simões, Sr. Almiro Sotta e Sr. Amílcar Pinto Rebelo. Como parece que em Portugal a memória dos novos investigadores é normalmente curta e não-raro depreciativa relativamente aos contributos anteriores, ao contrário, os investigadores do PARM,querendo marcar a diferença, entendem ser da maior justiça mencionar todo o trabalho anterior, o que possibilitou que a Carta Arqueológica do concelho seja particularmente rica, apesar de muitos dos achados, infelizmente, não se encontrarem na região, devido ao facto de não ter existido, até tempos bem recentes, um Museu local onde essas peças ficassem resguardadas. Foram referidos vários casos de objectos arqueológicos em Museus nacionais, como o Museu Nacional de Arqueologia (onde se encontram os berrões das Cabanas, um dos quais é emblema do PARM, a ara do Baldoeiro, a estela calcolítica do Couquinho e o ídolo de Moncorvo), além de outras peças dispersas pelo Museu Geológico de Portugal, Museu do Abade de Baçal, etc..

Professor Adriano Vasco Rodrigues, no uso da palavra, e Sr. João Rodrigues, assessor e representante do Sr. Presidente do Município

Segundo Nelson Campos, o objectivo desta sessão foi também o de se fazer um balanço (ainda que necessariamente breve e muito preliminar) do estado dos conhecimentos sobre o património arqueológico e arquitectónico existente (e identificado até à data) no concelho de Torre de Moncorvo. A partir daí, tentou-se traçar um quadro da ocupação humana do nosso território (que obviamente não se confina às fronteiras artificiais do concelho), pelo menos nos últimos 5.000 anos, já que os dados para épocas anteriores são bastante escassos. Assim, a palestra visava dar um pouco mais de substância à Exposição "VESTÍGIOS...", funcionando como um complemento, ou como outra face de uma mesma moeda, tendo em vista a organização de uma futura sala de Arqueologia & História, prevista desde o início, nos espaços do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo.

O mesmo responsável do PARM e do Museu do Ferro referiu os primórdios dos trabalhos de Carta Arqueológica do concelho de Torre de Moncorvo, por si iniciada em 1981, ainda como trabalho pessoal de foro académico, no 1º ano da FLUP, tendo acabado por se incorporar no inventário arqueológico do concelho desenvolvido a partir de 1983, quando o PARM se organizou como grupo (ainda que informal), com vários colegas de curso da mesma Faculdade (Alexandra Lima, Miguel Rodrigues, Paulo Dordio, Ricardo Teixeira, Joaquim Henriques, Paulo Amaral e outros). Colaboraram ainda nesses trabalhos Higino Tavares, Carlos Ferreira, Alberto Castelo, entre outras pessoas que nos forneceram preciosas informações e ofereceram vários objectos arqueológicos. Este registo, com base em prospecções e identificação cartográfica de informações recolhidas, culminaria num primeiro relatório e ficheiro fornecidos à Câmara Municipal de Torre de Moncorvo em 1993, para inclusão no PDM (Plano Director Municipal).

Sr. Norberto Santos, filho do Professor Santos Júnior, no uso da palavra

Por solicitação do município de Torre de Moncorvo ao PARM, durante o ano de 2008 procedeu-se à revisão e aditamento do anterior inventário arqueológico do concelho, tendo em vista a revisão do PDM concelhio. Foram entregues em Janeiro de 2009 três volumes (sendo um de Relatório introdutório, chaves de leitura e bilbiografia geral + 2 vols. de ficheiro, incluindo localizações e definição de perímetros de protecção em cartografia digital), tendo-se ampliado consideravelmente o documento anterior, isto apesar de haver consciência de que falta ainda muita coisa, uma vez que, como foi dito, "um inventário arqueológico é um documento sempre em aberto".

A pormenorização das partes constituintes do Inventário Arqueológico do concelho esteve a cargo de Rui Leonardo, licenciado em Arqueologia, membro da Direcção do PARM e que também trabalhou nesta fase de revisão do dito Inventário. Foi dada a conhecer a ficha de levantamento utilizada e substancialmente melhorada em relação à versão anterior, referindo-se cada um dos campos, além de todos os processos metodológicos que estiveram na base do trabalho.

Em jeito de síntese, foi referido que o ficheiro do inventário do concelho entregue para o novo PDM, incluía um total de 165 sítios arqueológicos e outros valores patrimoniais (incluindo a área do Douro classificada como Património Mundial/Alto Douro Vinhateiro, na freguesia da Lousa). Não se entrou em detalhes na área do vale do Sabor, onde se realizaram estudos de pormenor por outras equipas a soldo da EDP, visto que, como será uma área a ser submersa pela albufeira de uma grande barragem, não fazia sentido incluir a totalidade dos sítios detectados num documento que se pretende de gestão futura do território (solo utilizável), como é o PDM. Em todo o caso, como foi dito, esse registo poderá ser incluído na publicação final, como forma de se entender a totalidade do património e a articulação das redes de povoamento numa visão mais global.

Dr. Rui Leonardo durante a sua intervenção
Através de vários gráficos, Rui Leonardo mostrou as diferentes tipologias de património registado e sua valoração (classificado/não classificado, e, dentro dos não classificados, os graus de importância atribuídos). Houve uma tentativa de distinção de dois grupos principais (tendo em conta até o título do documento: a) Património Arqueológico; b) Património Edificado (cabendo neste o património construído erudito e o rural ou vernacular). Assim, no primeiro grupo consideraram-se 70 sítios arqueológicos (de diversos períodos) e no 2º grupo 76 elementos patrimoniais de tipo construído, sendo certo que não se incluíram muitas capelas, nem todas as casas de traça solarenga, faltando ainda muitos moinhos, pombais, apiários etc., razão pela qual o PARM pretende dar continuação a este trabalho e propôr uma actualização temporária e sistemática do referido inventário.

Em termos de património classificado, foi referido que existem 3 Monumentos Nacionais (igreja matriz de Torre de Moncorvo, igreja matriz de Adeganha e ruínas de Santa Cruz da Vilariça), 14 Imóveis de Interesse Público (com predomínio de capelas, embora com dois sítios arqueológicos e ainda os vestígios do castelo de Mós) e ainda uma pequena extensão do Património Mundial equivalente à paisagem cultural do Alto Douro Vinhateiro, na vertente sul da freguesia da Lousa. Estão em vias de classificação há vários anos, o sítio arqueológico de Silhades (Felgar), que, pelos vistos, acabará submerso pela albufeira do baixo Sabor, as peças originais do chafariz filipino recolocado há poucos anos na praça Francisco Meireles, e a igreja matriz do Larinho, proposta pelo PARM. Foi ainda sob proposta ou em colaboração com o PARM que se classificaram os sítios arqueológicos do Baldoeiro e Alfarela e o santuário do Santo Apolinário de Urros, além da proposta (que não se efectivou) do conjunto arqueológico e edificado de Silhades.

Apresentação da cartografia de síntese e conclusões sumárias do trabalho

No final, Nelson Campos apresentou uma tentativa de síntese cartográfica dos sítios arqueológicos conhecidos por períodos e tipologia, desde a pré-história recente ao período medieval, evidenciando os modelos de povoamento característicos das diferentes fases.
Se, por um lado, se detectaram algumas constantes entre o povoamento da Pré-história Recente e a Idade do Ferro em relação aos períodos posteriores a correlação continua a notar-se em vários pontos, embora sem uma sobreposição exacta, entre o período dito "castrejo" (Idade do Ferro) e a época romana, em que se nota, tal como em muitos casos no Noroeste, uma "descida" dos habitantes indígenas dos seus promontórios fortificados para os povoados romanos ("villas" ou "vicus") em zonas abertas, de vale. Poucos são aqui os "castros" em que se encontram vestígios abundantes da época romana no interior dos seus recintos.
Do mesmo modo, o período pós-"Reconquista" parece fazer deslocar o povoamento, de novo, para os pontos mais altos e defensáveis. Feito o balanço da ocupação medieval, foi abordada a questão específica dos escoriais de ferro, que vão desde as coincidências com vestígios desde a época romana até ao período medieval e posteriores. Só escavando esses escoriais se podem "afinar" as cronologias e também saber mais sobre os processos tecnológicos - outra grande via de pesquisa, segundo o PARM. Foram referidos, neste passo, além dos estudos pioneiros do professor Adriano Vasco Rodrigues, os últimos trabalhos do Sr. Prof. Engº. (jubilado) Horácio Maia e Costa, em vias de publicação. Tivemos a honra de acompanhar as recolhas que fez, no terreno, no ano passado, tendo-nos o autor já comunicado os resultados preliminares, com muitas novidades interessantes, pelo que se impõe a classificação de todos os escoriais de ferro do concelho, pelo menos e para já, como Valores Concelhios.

Várias outras conclusões foram tiradas, além do alerta que foi deixado para a necessidade de preservação destes vestígios, como um imperativo de cidadania, pois são estes testemunhos, frágeis em muitos casos, que nos permitem responder à grande questão: quem somos e para onde vamos? N. Campos disse ainda, apontando para o computador portátil, que somos como esta máquina: sem memória não funcionamos; uma sociedade desmemorializada, seria uma sociedade amnésica, alzheimerizada, sem consciência de si própria, uma não-sociedade, ou no mínimo, uma sociedade de seres irracionais. Daí a importância da preservação destes "VESTÍGIOS...", podendo ser o PDM um grande instrumento para esse efeito, dentro de uma política de gestão coerente do território.

Foi ainda dito que sem o apoio da autarquia de Torre de Moncorvo, não só de agora, mas ao longo de todos estes anos, este trabalho não seria possível, pois o amor à camisola dos membros do PARM, não seria suficiente. Esta mesma ideia foi expressa pelo Professor Adriano Vasco Rodrigues, que felicitou o PARM por todo o trabalho realizado e por estas iniciativas.
Há ainda a referir o apoio que foi dado, noutros tempos e para trabalhos de campo, pelo ex-IPPC, depois IPPAR, e ex-FAOJ, depois IPJ (Instituto Port. da Juventude).

Um aspecto da audiência que acorreu ao Museu para participar na sessão e visitar a exposição


A terminar, os presentes puderam visionar uma apresentação de imagens de diversos sítios arqueológicos e outros valores patrimonais do concelho de Torre de Moncorvo, montada por Rui Leonardo, com imagens do Arquivo Fotográfico do PARM, algumas com mais de 20 anos. Assim, alguns desses vestígios, nomeadamente de velhos caminhos medievais, já foram irremediavelmente perdidos, tendo apenas ficado silenciosas fotografias a preto e branco. Algumas dessas mesmas imagens podem ser apreciadas na Exposição "VESTÍGIOS... " que continua patente no auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, aguardando a sua visita!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Palestra Património Arquitectónico e Arqueológico de Moncorvo


Não percam no próximo sábado, dia 8 de Agosto, pelas 16.00 horas, a palestra "PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO e Arquitectónico da Região de Moncorvo", pelos nossos consócios Nelson Campos e Rui Leonardo, a qual terá lugar no Auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo.

Esta palestra tem por base os dados recolhidos ao longo de mais de 25 anos de actividade da associação PARM, tendo sido recentemente (2008) compulsados e acrescentados no âmbito da revisão do Inventário Arqueológico do Concelho, com vista à sua inclusão no PDM (Plano Director Municipal).


Contamos com a vossa presença!