segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Boas Festas e Feliz Ano 2013


Anjo - escultura de madeira polícroma, séc. XVIII (Barroco), igreja matriz de Moncorvo

Património é Cultura, e todos sabemos como em situações de crise esta é a sobremesa que se dispensa... Confiamos, todavia, que a Cultura e a Arte ajudem à redenção deste mundo e concorram para afastar as trevas que teimam em pairar sobre as nossas vidas.

A direcção do PARM deseja a todos os seus associados, amigos e visitantes do blogue em geral, um feliz Natal e um bom ano de 2013, esperando que o Anjo nos guie e ajude a superar a Crise...

Paz e Saúde para todos.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Museu do Ferro & da Região de Moncorvo (parceria Município de Torre de Moncorvo /PARM) continua a promover esta antiga actividade, hoje quase caída em desuso: partir (ou "escachar") amêndoa - se ainda é desses bons velhos tempos, aproveite para matar saudades! - se nunca viu como era, esta é uma boa ocasião para experimentar.

No final, também como era costume, é servida aos participantes uma merenda de produtos regionais.
A iniciativa conta com o patrocínio do comércio local e é abrilhantada pela Tuna da Lousa.

É já no próximo sábado, à tarde (dia 27 de Outubro), mas com inscrições até sexta-feira, ao fim da tarde.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Olá Marte, chegámos! - II

(clicar sobre a imagem para AUMENTAR)

Expressando (de outro modo) as nossas preocupações manifestadas no post anterior, aqui fica este "Bartoon" de Luís Afonso, in Público, 8.08.2012, p. 45. - Do mesmo modo que também estamos com pena do que ainda falta destruir no planeta Terra, a começar pelos valores paisagísticos, naturais e culturais das regiões que nos são mais próximas....

terça-feira, 7 de agosto de 2012

olá Marte, chegámos !?...


Esta foi uma das primeiras imagens tiradas pela sonda Curiosity's (Curiosidade), da NASA, que pousou em Marte na noite de 5 de Agosto PDT (=manhã de 6 de agosto EDT). - Desde esse momento, a referida sonda, instalada num veículo (Rover), continua a enviar imagens.
Não é, no entanto, a primeira foto que se obtém do solo marciano, pois desde há muitos anos que outras sondas (a partir das Mars 2 e 3, da antiga URSS) captam imagens da superfície do chamado planeta vermelho, seja a partir do ar, seja no solo. Àparte a colisão (como Mars 2) ou o esgotamento de baterias, esses objectos humanos que já conspurcam o solo marciano, tínhamos ainda uma superfície virgem, de um planeta com biliões de anos de História (com ou sem seres vivos). Agora, a nova sonda, acrescentará algo mais nesse conceito de pegada humana: os trilhos do seu rodado e o esgadunhamento para recolha de amostras.
É claro que as tempestades de poeiras em breve apagarão esses trilhos e essas marcas. Nada de grave, portanto, se ficassemos por aqui, uma vez satisfeita a Curiosidade (Curiosity). 
Mas, no cenário que muitos defendem (os anjos do deus Progresso), de montar colónias em Marte e proceder à sua "terraformação" (conceito que quer dizer: alterar a atmosfera de Marte, derretendo os gelos que se crê estarem sob as poeiras, daí libertando àgua, e, a partir desta, replicar a atmosfera terrestre), teremos, então, mais outro planeta estragado. Porque o Homem ao "evoluir" para uma matriz civilizacional de tipo urbano, assente na exploração intensiva de recursos (extracção de minerais, etc.), em que se concebe a Natureza como algo que deve estar ao serviço do Homem, e não como espaço de equilíbrio ecossistémico de que o Homem é apenas um elemento, acabou por gerar índices de antropização que se comprazem na anulação das paisagens e superfícies naturais, modeladas apenas pelos elementos/fenómenos telúricos/atmosféricos.
Assim, contemplar essa superfície intocada de Marte, uma paisagem virgem de um planeta virgem, é observar uma paleopaisagem ausente de Humano - onde o Tempo obrou, mas sem que alguém o percepcionasse (na convicção de que nunca houve formas de vida inteligentes, ou, no mínimo, com capacidade de apreensão das dimensões Espaço/Tempo, apenas - que se saiba - concebíveis pelo bicho-Homem). A grande questão é saber se se deve ou não continuar esse percurso natural, a-histórico, ou, pelo menos de um Histórico monitorizado e percepcionado à distância de uns 60 milhões de Km (distância de Marte à Terra, na sua maior aproximação, ou de 360 milhões na elíptica maior), ou não.... E a questão subjacente é se o conceito de facto arqueológico se pode aplicar à paisagem intocada (depois de transformada), ou se é apenas inerente ao aparecimento do artefacto, ou arte-facto, ainda que sejam "malas artes" disruptivas de equilíbrios absentes de Humano, gerando mutações topográficas e paisagísticas, pontuadas por construções e acumulações (mais ou menos estratigrafadas) de outros elementos de "cultura material". E ainda, se o ser consciente deve ter um pensamento crítico sobre os limites da intervenção humana, ou se deve ser peça dessa engrenagem tenebrosa, vivendo, no final da cadeia, do "estudo" (por vezes bem remunerado) dessas transformações geradas pelo sistema da máquina civilizacional do Homo Faber, desculpabilizando a consciência com o estômago cheio... - São as reflexões que esta imagem do dia nos suscita... 
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Txt.: N.Campos
Foto/Image credit: NASA/JPL-Caltech
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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Adeganha - actividades tradicionais e visita guiada à igreja, este fim de semana

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Vista do lado Norte da igreja, com vários túmulos embutidos na parede
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Realiza-se no próximo sábado em Adeganha, no nosso concelho, um conjunto de actividades tradicionais promovidas pela Junta de Freguesia local e por um grupo de amigos desta aldeia. Essas iniciativas irão decorrer em vários espaços da povoação, em simultâneo.
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Ainda no sábado, dia 14 (com reedição no Domingo, dia 15), será feita uma apresentação genérica sobre o património da Adeganha, com o maior destaque para a preciosa igreja tardo-românica, dedicada a Santiago Maior, que é Monumento Nacional (decreto nº 33.587, D.G., 1ª. s., nº. 63, 27/03/1944). Esta visita insere-se num programa de verão promovido pela Direcção Regional de Cultura do Norte, intitulado "Visitas ao Património Monumental do Leste Trasmontano" (http://culturanorte.pt/destaques,0,534.aspx), e cujo itinerário principiou nos dias 30/06 e 1/07 na igreja matriz de Torre de Moncorvo, como aqui noticiámos (ver post do dia 27/06).

Representação conhecida pelas "Três Marias", na fachada da igreja
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Para quem pretenda saber mais sobre este importante monumento, além de se inscrever nas visitas guiadas a realizar nos próximos dias 14 e 15 de Julho, poderá ainda consultar a monografia de autoria do nosso ilustre consócio e Presidente da Mesa Assembleia Geral, Comandante Eugénio Cavalheiro, intitulada "Igreja de Santiago de Adeganha" (edição de João Azevedo Editor, Mirandela, 2011).
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Txt. e fotos: N.Campos 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Programa de Visitas a Monumentos do Leste trasmontano principia por Moncorvo

Terá início no próximo fim-de-semana um programa de Visitas ao Património Monumental do Leste Trasmontano, promovido pela Direcção Regional da Cultura do Norte.
Este programa vai decorrer no período de férias de Verão, com uma 1ª fase em Julho/início de Agosto e, numa 2ª fase, em Setembro.
O primeiro monumento que será alvo de visita é a igreja matriz de Torre de Moncorvo, já no próximo Sábado, dia 30 de Junho (com repetição no dia 1 de Julho), pelas 16:00h.
Pode inscrever-se através do telef. nº. 22 619 78 96 (das 9 às 13 horas dos dias úteis).


Ver mais em: http://www.culturanorte.pt/destaques,0,552.aspx


Foto: Arquivo do PARM/Direitos reservados.

terça-feira, 26 de junho de 2012

"Património no Território" - exposição na Biblioteca Municipal

Está ainda patente na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo a exposição "Património no Território - Castelos, igrejas e sítios da raia transmontana", organizada pela Direcção Regional da Cultura do Norte.
Esta exposição é composta de vários painéis onde correm diaporamas sobre vários monumentos do Norte de Portugal, entre os quais a igreja matriz de Torre de Moncorvo.


Instalada no átrio e interior do 1º piso da Biblioteca Municipal, esta exposição pode ainda ser visitada até à próxima sexta-feira, dia 29 de Junho.
"O património arquitectónico e arqueológico constitui um dos principais recursos e atractivos do Leste Trasmontano. A Direcção Regional de Cultura do Norte tem sob a sua gestão directa, nesta região, um conjunto de monumentos abertos ao público e cuja preservação e divulgação tem vindo a ser objecto da sua intervenção" - pode ler-se no folheto que acompanha a exposição.

Com efeito, aqui se apresentam vários monumentos emblemáticos da raia transmontana ou nas suas proximidades, que foram alvo de acções de conservação e valorização nos últimos anos e que podem ser visitados.
A título de exemplo, na nossa região, salientam-se, para além da igreja matriz de Moncorvo, também a igreja da Misericórdia e igreja matriz de Freixo de Espada à Cinta, ruínas da vila e castelo de Ansiães, ruínas de Castelo Melhor, povoado pré-histórico do Castelo Velho de Freixo de Numão, vila amuralhada de Numão, castelos de Mogadouro, Penas Róias, Algoso e Miranda, Sé de Miranda, etc.



    Pormenor do folheto da exposição "Património no Território"
 
A não perder: só até sexta-feira, dia 29 de Junho, na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo!!
 
Txt. e fotos: N.Campos; folheto: DRC-N.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Igreja matriz de Torre de Moncorvo: DRC-N intervém no alpendre da Senhora do Coberto


 
Realizou-se recentemente uma acção de limpeza e substituição do vidro que protege o nicho onde se encontra a imagem de Nossa Senhora do coberto, no alpendre do lado Sul da igreja matriz de Torre de Moncorvo.
Esta intervenção, realizada por uma empresa de Conservação e Restauro ao serviço da Direcção Regional da Cultura do Norte, incluíu ainda a colocação de uma série de pontas metálicas ao longo das cornijas e saliências sob o alpendre, de forma a evitar a concentração de pombas nesses pontos, com respectiva acumulação de dejectos. 

Como é sabido os dejectos das pombas, pela acidez que comportam, é altamente nocivo para a pedra. Daí esta solução, adoptada há já vários anos em monumentos pétreos.






> Aqui pode ver-se um aspecto da imagem conhecida por Nossa Senhora do Coberto, antes da intervenção.
E aqui fica um aspecto da Senhora do Coberto, ou Nossa Senhora de Guadalupe, em todo o seu esplendor, após a intervenção de limpeza e colocação de novo vidro (o anterior encontrava-se partido):

Fotos: N.Campos/DRC-N

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Dia 18 de Maio, Dia Internacional dos Museus, visite o Museu do Ferro & da Região de Moncorvo


Celebra-se no dia 18 de Maio o Dia Internacional dos Museus e, como é costume, o Museu do Ferro & da Região de Moncorvo oferece entradas gratuitas a todos os que pretendam conhecer um pouco mais a História do nosso concelho, a partir desta verdadeira "sala de visitas".



Após uma primeira explicação na sala de recepção denominada "Oficina do Conhecimento", o visitante poderá ver a exposição "Vestígios", que já esteve patente no auditório do Museu em 2009, e que versa sobre a Arqueologia e Património edificado da região de Moncorvo.

Nesta mostra, ao longo de alguns painéis, percorre-se a longa história da região, desde os primeiros locais que terão sido frequentados pelo Homem pré-histórico, passando pelos povoados da Idade do Ferro ("castros") e da época romana, até aos vestígios mais importantes da Idade Média. Salientam-se aqui os povoados medievais do Baldoeiro, Santa Cruz da Vilariça, Adeganha, Mós e culminando no Castelo de Torre de Moncorvo, cuja génese se situa no reinado de D. Dinis, logo após a atribuição do foral a esta povoação, que assim ganhou o estatuto de vila e concelho em 1285. 
A "viagem" passa depois pela imponente igreja matriz, que se pode ver, no mesmo espaço, através de fotografias, de uma maquete, e até na realidade, através das janelas da sala, pois fica mesmo ao lado do museu.
Outros valores patrimoniais são ainda evidenciados, desde os solares, capelas, conjuntos rurais e, a finalizar, aspectos de Arqueologia Industrial, com destaque para os vestígios da mineração do ferro.  Chegados aqui, faz-se o direccionamento para a Sala do Ferro, onde o assunto é desenvolvido mais detalhadamente:


Na chamada "sala do Ferro" é feita uma abordagem aos processos antigos do trabalho deste metal, desde a fundição pré-industrial ao trabalho das forjas. Na secção geológica é apresentado o famoso minério de ferro de Moncorvo (hematites e magnetites) enquadrado numa pequena colecção de outros minerais da região. As origens do ferro, a evolução dos fornos de fundição, os vestígios da exploração romana do ferro em Moncorvo, a ferraria-forja de Chapa-Cunha, a Revolução Industrial, e, finalmente, o grande momento de exploração protagonizado pela Ferrominas entre 1951 e anos 80 do século XX, são outros aspectos que se podem conhecer nesta sala.
As visitas serão guiadas pelos funcionários do Museu no seguinte horário: das 10:00h às 12;30h e das 14;00 às 18;00h.

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Ainda da parte da manhã do dia 18, será feita, no Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo, uma apresentação sobre o Museu e seus conteúdos, para os alunos que, por questões de horários não se puderem deslocar ao museu.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Amanhã: 5.05.2012 - comemorações do foral manuelino, com exposição e apresentação de livro da Doutora Assunção Carqueja Rodrigues

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(Clicar sobre o cartaz para o AMPLIAR)

Completam-se hoje 500 anos sobre a concessão do foral novo de Torre de Moncorvo, pelo rei D. Manuel I (1469-1521). Com efeito, foi em 4 de Maio de 1512 que este rei, prosseguindo a sua política de reforma dos forais antigos, assinou o novo foral, dito "manuelino". As novas cartas de foral, em forma de cadernos, continham uma série de disposições algo generalistas e visando sobretudo a exacção e a normatização do sistema contributivo, dentro de uma política de reforço do poder central, exercido pelo rei, a partir da corte, algures na capital do reino, agora capital do império. O Rei passava a ser o centro do mundo, agora representado pela esfera armilar, insígnia de D. Manuel. 
Assim,  os forais novos, de certo modo, vieram fazer tábua raza das velhas prerrogativas dos concelhos, algo casuísticas ou seguindo modelos que consagravam previlégios e leis locais enraizadas na noite dos tempos medievos, em todo o caso autárcicas e mais autonómicas. 
A insígnia do Rei passa a figurar em edifícios públicos, desde os mais importantes, como o mosteiro dos Jerónimos, igrejas ou castelos, até às obras mais modestas, desde que pagas pelo erário régio ou sendo símbolos de poder, como era o caso dos pelourinhos. Também numa das pedras que resta do pelourinho de Torre de Moncorvo figura a esfera armilar, além de uma ave (decerto um corvo, embora lhe falte a cabeça), que está noutra das peças, ambas resguardadas no átrio do Paço do Concelho.

De forma a assinalar a efeméride, o município de Torre de Moncorvo vai promover um conjunto de acções (conforme cartaz acima), que se iniciarão amanhã, pelas 15:00 horas, no Centro de Memória, com a inauguração de uma exposição sobre "D. Manuel e o seu tempo" e o lançamento de um livro de autoria da Doutora Assunção Carqueja, nossa ilustre Sócia Honorária, intitulado: "Torre de Moncorvo. Quadros da sua História" (com ilustrações de sua filha Arqtª. Isabel Rodrigues Konrad).

A não perder!!

sábado, 21 de abril de 2012

Passeio pedestre à capela de Senhora da Esperança

Realiza-se amanhã um passeio pedestre à capela de Nossa Senhora da Esperança, organizado pela Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo (com a colaboração do PARM), conforme programa constante do cartaz acima.
Este passeio vem sendo realizado desde 2008, com objectivo de se recuperar a antiga tradição de se desfazer o folar, o que ocorria na Segunda-feira da Pascoela. Por se tratar de dia de trabalho, a retoma dessa tradição efectuar-se no Domingo imediatamente anterior. Todavia, tanto o ano passado como no presente, por questões climatéricas, a organização resolveu adiar a actividade para o fim de semana subsequente.
A concentração dos participantes deverá efectuar-se junto da sede da Junta de Freguesia de Moncorvo (ao lado do Cine-teatro), pelas 14;30 horas. Segue-se o percurso pedestre pelo caminho antigo (velho caminho de Santiago) até à capela da Senhora da Esperança, onde decorrerá o resto do programa.
PARTICIPEM!!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Novo livro do Prof. Adriano Vasco Rodrigues sobre Fortificação das Fronteiras portuguesas

Hoje, 18 de Abril, chegou-nos às mãos o novo livro de autoria do nosso Sócio Honorário Professor Adriano Vasco Rodrigues, intitulado "A fortificação das fronteiras na estratégia da expansão portuguesa", numa excelente edição coordenada pelo Doutor Arquitecto João Campos e direcção gráfica de Armando Alves. Esta obra constitui separata do nº. 8 (Dezembro de 2011) da revista CEAMA, publicada pelo Centro de Estudos de Arquitectura Militar de Almeida/Câmara Municipal de Almeida, sendo versão corrigida e ampliada de uma comunicação do Sr. Professor Adriano ao Seminário Internacional realizado entre 26-28 de Agosto de 2011, no âmbito das comemorações do cerco de Almeida, sob o tema "As novas fronteiras de modernidade e a fortificação abalaurtada".
A magnífica edição agora saída a lume, além do texto em português, possui uma tradução em inglês, sob o título "Frontier fortifications on the portuguese expansion strategy".
Versando sobretudo sobre o processo de fortificação das praças-fortes do antigo Ultramar português, desde África, Índia e Brasil, o autor aproveita para fazer uma reflexão sobre o interesse cultural do património construído pelos portugueses, apresentando ainda uma pequena bibliografia selectiva e legendas circunstanciadas sobre a preciosa iconografia que recolheu: gravuras, fotografias, mapas e plantas alusivos às fortificações referidas no texto. Muitas dessas fotos, antigas, a preto & branco, são verdadeiros documentos, pois resultam de trabalhos arqueológicos que o Professor Adriano dirigiu, nomeadamente em Angola. Foi precisamente uma destas a escolhida para a capa, onde se vêm alguns estudantes durante as escavações realizadas no embarcadouro do fortim da Corimba (Luanda), em 1968.
Aqui felicitamos o Professor Adriano Vasco Rodrigues por mais este trabalho, agradecendo a gentileza da sua oferta, que em melhor data não podia calhar, já que hoje se assinala o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios!
Bem haja!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Exposição "Picasso em Ferro" de Plácido Souto, no Museu do Ferro

Foi inaugurada no passado dia 25 de Fevereiro, no Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, a exposição "Picasso em Ferro", de autoria de Plácido Souto, um artista do ferro de Vilar de Mouros.


Esta é a segunda vez que Plácido Souto expõe no Museu e em Torre de Moncorvo, já que no ano passado aqui tivémos outra mostra de trabalhos seus, na exposição "Artes do Ferro". Antigo ferreiro, serralheiro e soldador de terras do Minho, um dia demandou as terras do Sul, tendo trabalhado na grande indústria da construção naval da "margem sul" (do Tejo). Depois de reformado regressou às origens, terras de Caminha e Vilar de Mouros, onde havia uma arreigada arte do ferro, expressa em várias oficinas de ferreiro, onde principiou a sua formação na "escola da vida" - ver a propósito a proposta de classificação de uma dessas forjas no blogue da nossa congénere GEPPAV, de que o Sr. Plácido Souto faz parte: http://geppav.blogspot.com/2011/12/proposta-classificacao-patrimonial-das.html


Apaixonado da obra do pintor espanhol Pablo Picasso, Plácido Souto resolveu fazer uma versão pessoal (e original) de 19 telas do famoso pintor, (re)construindo as linhas com pequenas barras de ferro e "verguinha", soldando-as em bases de chapa de ferro, em lugar das telas. Estas "telas" foram depois por si pintadas com as cores aproximadas dos originais, de que resulta um notável trabalho em que as formas e cores se conjugam e seduzem. Dado o carácter algo tridimensional da versão placidiana de Picasso, digamos que esta leitura consegue ser mais "cubista" que as telas planas originais.


Acresce dizer que esta exposição tem itinerado por vários municípios do Entre-Douro-e-Minho e Galiza, cabendo agora a vez a Torre de Moncorvo, como "terra do ferro". O Museu deve a "descoberta" deste artista ao Sr. José Roseira, amigo do Museu e sócio do PARM, e também um dos mecenas que patrocinou o beberete, vulgo "Porto de Honra", com uma edição personalizada de garrafas de vinho generoso do Douro, com rótulo a condizer com a exposição, "ombro a ombro" com um Alvarinho que viajou pela mão do próprio artista, celebrando este (re)encontro do Minho com o Douro trasmontano.


A não perder, no Museu do Ferro, de terças-feiras a Domingos (no horário habitual) até ao final
do mês de Março.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Reportagem sobre as minas de Ferro de Moncorvo, na TVI

No seguimento das notícias que foram saindo nos últimos meses de 2011 sobre a possibilidade de se retomar a exploração do ferro de Moncorvo, uma equipa da TVI composta por Víctor Bandarra (repórter) e Bruno Vinhas ("camara-man") realizou, nos inícios de Novembro do passado ano, uma reportagem sobre o tema, intitulada "Miragem do Ferro", a qual foi ontem (7.01.2012) transmitida pelo referido canal televisivo: