quinta-feira, 29 de julho de 2010

Exposição "Ferrominas 1957"

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O Museu do Ferro e da Região de Moncorvo inaugura no dia 7 de Agosto (sábado), pelas 15:30, a exposição de fotografia “Ferrominas 1957”.

Esta exposição baseia-se num conjunto de fotografias a cores que integram a colecção fotográfica do Centro de Documentação do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, mais especificamente o “Fundo Eng.º Gabriel Monteiro de Barros”, que se organizou a partir de uma doação do Eng.º João Pedro Barros Cabral, sobrinho daquele responsável da Ferrominas.

As fotografias referem-se ao ano de 1957, tudo indicando que foram tiradas pelo Engº Gabriel Monteiro de Barros, o director técnico da Ferrominas, que, embora não sendo natural de Moncorvo, para aqui veio trabalhar em 1951, tendo-se aqui radicado e aqui continuando a viver, mesmo depois de reformado, nos inícios dos anos 90. Em Moncorvo faleceu, em Março de 1995, e aqui se encontra sepultado. Por isso, esta exposição pretende ser, também, uma homenagem ao Engº. Monteiro de Barros, que, além do mais, foi sócio honorário do PARM.

Simultaneamente, é também uma homenagem a todos os trabalhadores da Ferrominas, em especial aos mineiros que laboravam em condições particularmente difíceis, aguentando o pó, o excessivo calor ou o frio de enregelar, nas frentes de desmonte, além do perigo dos acidentes de trabalho, como se verá em algumas fotos.

As fotos seleccionadas mostram diversos aspectos da laboração das minas de ferro de Moncorvo, destacando-se a utilização dos meios mecânicos adquiridos, como camiões e pás mecânicas, a par de algum trabalho manual.

A mostra fotográfica ficará patente no Auditório do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo até ao final do ano de 2010 e serve como complemento da exposição permanente do museu.

As visitas à exposição são gratuitas e podem ser efectuadas de Terça a Domingo, das 10h às 12h30 e das 14h às 18h.

Txt.: Nelson Campos

Sobre este assunto, ver ainda:

terça-feira, 6 de julho de 2010

Rota do Ferro em BTT, pelos caminhos do Roboredo...

Realizou-se no passado sábado a 1ª. edição da "ROTA DO FERRO, pelos caminhos do Roboredo". Conquanto já há anos se tivesse tentado implementar uma Rota do Ferro, o percurso então desenhado era feito pelas estradas municipais, circuitando a serra. Na versão agora implementada o percurso foi demarcado pela cumeada da serra do Roboredo, com início nas minas da Carvalhosa (Ferrominas), apesar de um intrépido participante ter feito todo o trajecto de Moncorvo às minas, pela E.N. 220 e pelo íngreme estradão que leva até aí, numa contagem de primeiríssima categoria! (isto é só para veteranos, pois o comum dos mortais deve utilizar uma viatura de apoio, o que implica uma certa logística).

A ideia da organização foi demonstrar a exequibilidade do percurso e as potencialidades da Serra para a prática desta modalidade (BTT). Por outro lado, foi também intenção do Museu do Ferro chamar a atenção para o património geomineiro patente na Serra do Roboredo, além da floresta, das velhas capelas (S. Lourenço e S.Bento/Santa Leocádia), além da magnífica paisagem que se disfruta das alturas, sobretudo para a vila de Torre de Moncorvo. Há, iclusive, estruturas de apoio, como seja o excelente parque de merendas de S. Bento/Santa Leocádia, criado pela actual Junta de Freguesia de T. de Moncorvo.

Em período de férias, fica a sugestão. Recomenda-se, no entanto, água em abundância e protecção para eventuais quedas, pois o percurso apresenta algumas dificuldades em alguns pontos.

Aqui ficam algumas fotos do passeio do dia 3.07.2010:

Às 9:00 h no alto da Carvalhosa - grupo de participantes e representantes da Junta de Freguesia do Felgar.

Ruínas das oficinas gerais, nas minas das Fragas da Carvalhosa. Infelizmente o vandalismo tem feito das suas...

Outro aspecto das ruínas das infraestruturas mineiras da Ferrominas (anos 50-60 do séc. XX), visitadas pelos participantes, depois de uma breve explicação sobre a história das minas de Ferro de Moncorvo, sobretudo no séc. XX. - Foi distribuído um folheto com alguma informação.

Vista geral do trajecto entre as minas da Carvalhosa e a zona dos aerogeradores (na zona da Pedrada).

Um ponto de maior dificuldade, na zona da Pedrada.

Zona da Portela de Felgueiras, onde se encontra um aviso da Câmara Municipal para a protecção da floresta. Seguiu-se outra contagem de primeiríssima categoria: a subida para a mina da Cotovia ou da Portela!

Dois dos participantes à boca da mina da Cotovia ou Portela, já no termo de Felgueiras.

A velha mina abandonada da Cotovia foi aberta nos anos 30 do séc. XX pelo engenheiro de minas alemão G. Schöenflick, pai de D. Ilse Semmler, amiga do Museu do Ferro. Trata-se de uma galeria de prospecção, já que nessa época não se chegou a realizar a exploração industrial, que só viria a acontecer com a Ferrominas, no pós-Guerra.

Um trecho de grande beleza é o chamado "Caminho do meio", sombreado pelas mata secular de carvalhos e outras coníferas. É um troço do caminho para se percorrer devagar e sem esforço, apreciando a Natureza.

A cruz, neste caso, assinala o fim do Caminho. Um participante e membro da organização em grande pose no miradouro de S.Bento/Santa Leocádia, pouco antes de um almoço campestre bem retemperador.

A organização esteve a cargo de Museu do Ferro & da Região de Moncorvo/Câmara Municipal de Torre de Moncorvo/PARM e Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, com apoio logístico da Associação Cultural de Torre de Moncorvo e ainda a colaboração das Juntas de Freguesia do Felgar e Felgueiras e da MTI-Ferro de Moncorvo, SA, que autorizou a visita às minas.

Este foi um percurso experimental. Em futuras edições serão envolvidas associações de BTT e de cicloturismo da região (só depois soubémos que havia um clube na Açoreira), esperando-se que outros agentes turísticos possam explorar este percurso, de grande interesse, emoção e muita adrenalina.

Txt.: N.Campos
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Nota: as fotos são de autoria de Higino Tavares, Luís Lopes e Nelson Campos, cedidas ao blogue e ao PARM para este efeito. Qualquer utilização por parte de terceiros será autorizada mediante contacto dos autores, através deste blogue. Obrigado.
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Para saber mais sobre este percurso, visite:

http://www.gpsies.com/mapUser.do?username=PARM