quinta-feira, 17 de maio de 2012

Dia 18 de Maio, Dia Internacional dos Museus, visite o Museu do Ferro & da Região de Moncorvo


Celebra-se no dia 18 de Maio o Dia Internacional dos Museus e, como é costume, o Museu do Ferro & da Região de Moncorvo oferece entradas gratuitas a todos os que pretendam conhecer um pouco mais a História do nosso concelho, a partir desta verdadeira "sala de visitas".



Após uma primeira explicação na sala de recepção denominada "Oficina do Conhecimento", o visitante poderá ver a exposição "Vestígios", que já esteve patente no auditório do Museu em 2009, e que versa sobre a Arqueologia e Património edificado da região de Moncorvo.

Nesta mostra, ao longo de alguns painéis, percorre-se a longa história da região, desde os primeiros locais que terão sido frequentados pelo Homem pré-histórico, passando pelos povoados da Idade do Ferro ("castros") e da época romana, até aos vestígios mais importantes da Idade Média. Salientam-se aqui os povoados medievais do Baldoeiro, Santa Cruz da Vilariça, Adeganha, Mós e culminando no Castelo de Torre de Moncorvo, cuja génese se situa no reinado de D. Dinis, logo após a atribuição do foral a esta povoação, que assim ganhou o estatuto de vila e concelho em 1285. 
A "viagem" passa depois pela imponente igreja matriz, que se pode ver, no mesmo espaço, através de fotografias, de uma maquete, e até na realidade, através das janelas da sala, pois fica mesmo ao lado do museu.
Outros valores patrimoniais são ainda evidenciados, desde os solares, capelas, conjuntos rurais e, a finalizar, aspectos de Arqueologia Industrial, com destaque para os vestígios da mineração do ferro.  Chegados aqui, faz-se o direccionamento para a Sala do Ferro, onde o assunto é desenvolvido mais detalhadamente:


Na chamada "sala do Ferro" é feita uma abordagem aos processos antigos do trabalho deste metal, desde a fundição pré-industrial ao trabalho das forjas. Na secção geológica é apresentado o famoso minério de ferro de Moncorvo (hematites e magnetites) enquadrado numa pequena colecção de outros minerais da região. As origens do ferro, a evolução dos fornos de fundição, os vestígios da exploração romana do ferro em Moncorvo, a ferraria-forja de Chapa-Cunha, a Revolução Industrial, e, finalmente, o grande momento de exploração protagonizado pela Ferrominas entre 1951 e anos 80 do século XX, são outros aspectos que se podem conhecer nesta sala.
As visitas serão guiadas pelos funcionários do Museu no seguinte horário: das 10:00h às 12;30h e das 14;00 às 18;00h.

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Ainda da parte da manhã do dia 18, será feita, no Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo, uma apresentação sobre o Museu e seus conteúdos, para os alunos que, por questões de horários não se puderem deslocar ao museu.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Amanhã: 5.05.2012 - comemorações do foral manuelino, com exposição e apresentação de livro da Doutora Assunção Carqueja Rodrigues

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(Clicar sobre o cartaz para o AMPLIAR)

Completam-se hoje 500 anos sobre a concessão do foral novo de Torre de Moncorvo, pelo rei D. Manuel I (1469-1521). Com efeito, foi em 4 de Maio de 1512 que este rei, prosseguindo a sua política de reforma dos forais antigos, assinou o novo foral, dito "manuelino". As novas cartas de foral, em forma de cadernos, continham uma série de disposições algo generalistas e visando sobretudo a exacção e a normatização do sistema contributivo, dentro de uma política de reforço do poder central, exercido pelo rei, a partir da corte, algures na capital do reino, agora capital do império. O Rei passava a ser o centro do mundo, agora representado pela esfera armilar, insígnia de D. Manuel. 
Assim,  os forais novos, de certo modo, vieram fazer tábua raza das velhas prerrogativas dos concelhos, algo casuísticas ou seguindo modelos que consagravam previlégios e leis locais enraizadas na noite dos tempos medievos, em todo o caso autárcicas e mais autonómicas. 
A insígnia do Rei passa a figurar em edifícios públicos, desde os mais importantes, como o mosteiro dos Jerónimos, igrejas ou castelos, até às obras mais modestas, desde que pagas pelo erário régio ou sendo símbolos de poder, como era o caso dos pelourinhos. Também numa das pedras que resta do pelourinho de Torre de Moncorvo figura a esfera armilar, além de uma ave (decerto um corvo, embora lhe falte a cabeça), que está noutra das peças, ambas resguardadas no átrio do Paço do Concelho.

De forma a assinalar a efeméride, o município de Torre de Moncorvo vai promover um conjunto de acções (conforme cartaz acima), que se iniciarão amanhã, pelas 15:00 horas, no Centro de Memória, com a inauguração de uma exposição sobre "D. Manuel e o seu tempo" e o lançamento de um livro de autoria da Doutora Assunção Carqueja, nossa ilustre Sócia Honorária, intitulado: "Torre de Moncorvo. Quadros da sua História" (com ilustrações de sua filha Arqtª. Isabel Rodrigues Konrad).

A não perder!!