Conforme anunciámos no post anterior, realizou-se no passado Sábado, no auditório do Museu do Ferro, a 5ª Partidela Tradicional da Amêndoa, em que procurámos recriar um momento característico desta fase do ano, nas nossas terras.
Foto de N. Campos
O momento musical, avidamente registado pelo distinto etnomusicólogo Mário Correia (organizador do festival intercéltico de Sendim), ficou a cargo da Tuna dos amigos da Lousa, que abrilhantaram o evento com a sua mestria.
Foto de N. Campos
No final, tal como depois dos feitos guerreiros da tribo do Asterix, tivemos um repasto composto por produtos da terra, generosamente oferecidos pelo comércio e produtores do concelho de Torre de Moncorvo, a quem muito agradecemos.
Foto de A. Basaloco
Agradecemos ainda ao S. Dr. Jorge Carqueja Rodrigues, da empresa Carqueja Almonds, neto e sucessor do grande empresário de frutos secos, Sr. Gualdino Carqueja (Felgar), que nos ofereceu um lote de livros de sua edição, sob o título "A Amêndoa na doçaria tradicional", com prefácio de sua mãe, a Srª Drª. Maria da Assunção Carqueja Rodrigues. Esta obra pode ser pedida directamente à empresa editora (229413619), ou ao Museu do Ferro & da Região de Moncorvo (279252724).
Para saber mais, sobre esta actividade, pode ver a notícia no jornal "Nordeste", clicando sobre os links:
1 - Jornal "Nordeste" (28.10.2008): http://www.jornalnordeste.com/index.asp?idEdicao=240&id=10466&idSeccao=2227&Action=noticia
2 - "Terra Quente" (4.11.200): http://www.imprensaregional.com.pt/jornal_terra_quente/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czoxMDoiaWRfbm90aWNpYSI7czozOiI0MTEiO3M6OToiaWRfc2VjY2FvIjtOO30=
3 - "Mensageiro Notícias" (7.11.2008) - reportagem muito completa, a não perder! : http://www.mensageironoticias.pt/noticia/978
2 comentários:
Manter a tradição só faz sentido se, de permeio, houver vida e olhos de ver, e parece ser o caso. É assim que, se muitos, que sairam por esta e aquela razão (pelos vistos a razão, ou falta dela, é sempre a mesma) não estão aí, todavia espreitam, como este freguês, pelos olhos do «satélite» que nos é dado, hoje, comummente, alcançar. Assim como assim, já não é mau.
Todos os que partem são de certo modo pombos correios feridos, a não ser que a terra lhes tenha sido muito adversa - e pode haver um caso ou outro mas, mesmo nesses, permanece a aragem larga, fresca e funda difundida por esses horizontes serranos em que a planície toma o jeito de outeiro ao luar.
Será o tal telurismo?
Carlos Sambade
Caro Amigo e Consócio Carlos Sambade,
Obrigado pelas suas sempre justas e certeiras e poéticas palavras. A "partida" da amêndoa é como as partidas da vida: às vezes deixa-nos em metades - a que fica e a que parte - pois mesmo partindo, fica-se sempre uma parte na terra de onde brotou (a amêndoa, ou a gente). E na "partida" é como se levássemos como um ferro! Assim é que, caro Carlos, nesta prosa conceptista e gongórica, a parida da amêndoa também pode ser uma metáfora da Vida!
Um abraço e... continue a espreitar o nosso blogue.
N.
Enviar um comentário