segunda-feira, 6 de abril de 2009

Inauguração da exposição "Borboletas do Mondego"



Conforme previsto, foi inaugurada no passado sábado, dia 4 de Abril, a exposição "Borboletas do Mondego", onde se reunem cerca de 70 fotografias de autoria de Mário Martins, representando muitos tipos de borboletas existentes no alto vale do Mondego e, algumas delas, em outras regiões de Portugal.
Tal como afirmou o seu autor, esta mostra é o resultado de centenas de horas de pesquisa, em contacto com a Natureza, de dia e de noite, salientando as dificuldades técnicas em fotografar borboletas e revelando alguns truques deste apaixonante "hobbie".
O estudo dos lepidópteros (borboletas) em Portugal é, em grande medida, uma actividade de amadores, embora em articulação com o meio académico, como é o caso de Mário Martins. - Sempre que surgem dificuldades na identificação de espécimes, ou quando ocorre algum "achado", o autor, através da internet, recorre às redes de aficcionados e especialistas. Um destes "sites" que merece ser consultado, para as borboletas de Portugal, é o seguinte: www.lusoborboletas.org

Nesta exposição podem encontrar-se dois grupos principais de borboletas: as diurnas e as nocturnas, estas em menor número. Entre as diurnas encontram-se a "Carnaval" (porque aparece pelo Carnaval e tem côres diversificadas), a "Boa Nova", a "Malhadinha Prateada", a "Cobreada", a "Grande Tartaruga", a "Borboleta do Medronheiro", a "Borboleta da Couve", a "Zebra", a "Borboleta do Funcho", o "Pavão diurno", etc., etc. Muitas das espécies não dispõem de nomes comuns, sendo conhecidas apenas pelos nomes científicos.
Assim, o autor trouxe alguns manuais catálogos essenciais para o estudo das borboletas, que puderam ser consultados pelas pessoas mais interessadas.
No seguimento da comemoração do Dia da Árvore (com palestra e exposição de trabalhos dos alunos) e da acção sobre Aves (também com uma palestra e outra exposição de desenhos de alunos), conforme noticiámos aqui no nosso Blogue (ver post's anteriores), esta é mais uma proposta para esta Primavera nos Jardins do Museu do Ferro.
Assim, esperamos pela sua visita! Veja as exposições sobre Árvores, Aves e Borboletas, e pode, de seguida, testar os seus conhecimentos ao vivo, admirando as espécies de árvores, escutando o canto das aves, ou procurando borboletas, num espaço que é SEU!
Basta pedir as chaves no balcão do Museu, e teremos muito gosto em abrir-lhe as portas deste pequeno Paraíso...

Aqui ficam algumas fotos do momento inaugural da Exposição "Borboletas do Mondego":


O Autor mostrando a exposição ao Presidente da Câmara de Torre de Moncorvo.

Mário Martins, fazendo uma visita guiada a um grupo de visitantes.

O Autor explica particularidades da "borboleta do funcho"


O autor fala com paixão sobre este maravilhoso mundo das borboletas...



Mário T. Martins (nota biográfica): Nasceu em Chaves mas, como faz questão de dizer, "é um homem do mundo, mais camponês do que cidadão". A sua vida, profissional, levou-o a vários locais, tendo, inclusive, trabalhado no IEFP/Centro de Emprego de Torre de Moncorvo.
Desde sempre apreciou, com respeito, a natureza.
Dedica-se, há muitos anos e para consumo próprio, à agricultura biológica. Promoveu e coordenou, com o apoio técnico da AGROBIO, o primeiro curso de agricultura biológica na Península Ibérica.
Após aposentação, seduzido pelo excelente microclima, riqueza de fauna e flora e privilegiada localização optou por se instalar no Vale do Mondego, onde instituiu uma fundação “Trepadeira Azul”, com o objecto social de preservação da natureza também pela cultura.
A fotografia sempre serviu para recordar cultura e lazer.
A necessidade de recolher imagens para o levantamento da fauna e flora das redondezas da sua propriedade agrícola, tornou-lhe a fotografia numa actividade de todos os dias.
Esta exposição, também nas suas palavras, "não tem qualquer pretensão artística"; o objectivo do autor, mais do que dar a conhecer, é incentivar a preservação do rico património natural que em todo o lado possuímos.
"Observar a natureza é fácil, fotografá-la nem tanto, e fotografá-la com qualidade é, por vezes, tarefa quase impossível, sem que isto sirva de desculpa" - conclui Mário Martins. É uma conclusão muito modesta, no nosso entender, pois o enorme acervo fotográfico que compõem a Exposição, com a qualidade que demonstra, aqui está para o desmentir. Esperamos também o seu comentário, depois da visita que se impõe!

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