Figura central: "berrão" ou escultura de javali achada nas Cabanas de Baixo (Moncorvo) em 1895, actualmente no Museu Nacional de Arqueologia. Desenho do Prof. J. R. Santos Júnior
Contactos:
Morada Provisória: Largo Dr. Balbino Rego. 5160 - Torre de Moncorvo Tlf. 279252724 e-mail: parmoncorvo@gmail.com
Sendo a região rica em cogumelos,com deliciosas espécies comestíveis,espero que o passeio decorra a contento.Correrá concerteza. A partidela de amêndoa,pelos,vistos,esteve muito animada.Faço votos para que ninguém tenha partido os dedos já que para partir outras coisas parece difícil. Um desabafo: Continuamos a receber os contactos do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo assinados pelo ilustre arqueólogo,Nelson Rebanda,na qualidade de,imagine-se,ENCARREGADO. Não sabemos muito bem o que é isso.Parece-nos assim um pouco qualificado pedreiro da construção ou um feitor de um qualquer rebanho de cabras. Não seria já tempo,ou destempo,de fazer justiça a quem tanto tem feito pela região e mesmo pelo país? A quem tem sido o pilar do desenvolvimento cultural,prestigiando um interior cada vez mais carente de valores? Não seria só reconhecer a qualidade,insuperável,como tem desempenhado as funções de Director do Museu.Tem-nas superado,num esforço sem reconhecimento,muito para além do que seria exigível. Será uma atitude justa,correcta,só pecando por muito tardia. Aqui fica.A quem de direito que só por esquecimento ou distração ainda o não fez. mário
Caríssimo Amigo Mário, Sobre a Partidela da Amêndoa, foi pena não termos podido contar com a sua presença. Tente vir à jornada micológica do próximo Sábado. Quanto ao seu "desabafo" sobre a minha situação, não se preocupe, pois não são os pomposos títulos que de nós fazem mais ou menos do que somos. Aliás, já me dou por satisfeito por aqui me deixarem estar a fazer este trabalho, pelo que não reivindico mais do que isso, antes agradeço a quem aqui me mantém. Saberá que ao Abade de Baçal, só já muito tardiamente os seus superiores hierárquicos lhe deram esse título, pois apesar de todos o conhecerem por "Abade", ele não passava de simples Reitor (a hierarquia eclesial parece que é a seguinte: diácono, presbítero, reitor e Abade). Disso se queixava ele no vol. IX da sua obra "Memórias Arqueológico-históricas do distrito de Bragança", pág. 505-506, assim o assinalando na remissa colacada no índice: "A propósito de meu título oficial de reitor e do de abade que me dá a voz pública, apesar da autoridade eclesiástica fazer de mula de médico às reclamações dos intelectuais" (tomo IX - índice). Como vê, meu caro, sem querer comparar-me com o grande Abade, a ausência de um título acima não impediu que o dito produzisse a monumental obra que realizou, e sem esquecer o seu múnus sacerdotal, que era do que auferia o seu ganha-pão. Títulos leva-os o vento, como a nós próprios levará a morte, todavia o que fica é o que fazemos, de bem ou de mal. Em todo o caso, o meu Muito Obrigado pela sua intenção e pelos imerecidos encómios, que só lhe desculpo como generosidade de Amigo. Aquele abraço, N.
A comparação encantou. Como não sou assim tão religioso,prefiro reivindicar o que de direito do que pedir,muito menos dar a outra face a quem consideraria tamanha dignidade fraqueza. A igreja foi sempre uma estrutura demasiado pesada exercendo despoticamente o poder.Houve sempre a tentação de a copiar,agora mais que nunca.Será a tentação do diabo. Olhe que os asininos miramdeses,com aquele olhar simpática,mansos e capazes de aguentar qualquer carga estão em vias de extinção. A Matriz é imponente mas não tem bispo e se o tem não o podemos reconhecer pela coroa. Um abração, mário
3 comentários:
Sendo a região rica em cogumelos,com deliciosas espécies comestíveis,espero que o passeio decorra a contento.Correrá concerteza.
A partidela de amêndoa,pelos,vistos,esteve muito animada.Faço votos para que ninguém tenha partido os dedos já que para partir outras coisas parece difícil.
Um desabafo:
Continuamos a receber os contactos do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo assinados pelo ilustre arqueólogo,Nelson Rebanda,na qualidade de,imagine-se,ENCARREGADO.
Não sabemos muito bem o que é isso.Parece-nos assim um pouco qualificado pedreiro da construção ou um feitor de um qualquer rebanho de cabras.
Não seria já tempo,ou destempo,de fazer justiça a quem tanto tem feito pela região e mesmo pelo país?
A quem tem sido o pilar do desenvolvimento cultural,prestigiando um interior cada vez mais carente de valores?
Não seria só reconhecer a qualidade,insuperável,como tem desempenhado as funções de Director do Museu.Tem-nas superado,num esforço sem reconhecimento,muito para além do que seria exigível.
Será uma atitude justa,correcta,só pecando por muito tardia.
Aqui fica.A quem de direito que só por esquecimento ou distração ainda o não fez.
mário
Caríssimo Amigo Mário,
Sobre a Partidela da Amêndoa, foi pena não termos podido contar com a sua presença. Tente vir à jornada micológica do próximo Sábado.
Quanto ao seu "desabafo" sobre a minha situação, não se preocupe, pois não são os pomposos títulos que de nós fazem mais ou menos do que somos. Aliás, já me dou por satisfeito por aqui me deixarem estar a fazer este trabalho, pelo que não reivindico mais do que isso, antes agradeço a quem aqui me mantém.
Saberá que ao Abade de Baçal, só já muito tardiamente os seus superiores hierárquicos lhe deram esse título, pois apesar de todos o conhecerem por "Abade", ele não passava de simples Reitor (a hierarquia eclesial parece que é a seguinte: diácono, presbítero, reitor e Abade). Disso se queixava ele no vol. IX da sua obra "Memórias Arqueológico-históricas do distrito de Bragança", pág. 505-506, assim o assinalando na remissa colacada no índice: "A propósito de meu título oficial de reitor e do de abade que me dá a voz pública, apesar da autoridade eclesiástica fazer de mula de médico às reclamações dos intelectuais" (tomo IX - índice).
Como vê, meu caro, sem querer comparar-me com o grande Abade, a ausência de um título acima não impediu que o dito produzisse a monumental obra que realizou, e sem esquecer o seu múnus sacerdotal, que era do que auferia o seu ganha-pão.
Títulos leva-os o vento, como a nós próprios levará a morte, todavia o que fica é o que fazemos, de bem ou de mal.
Em todo o caso, o meu Muito Obrigado pela sua intenção e pelos imerecidos encómios, que só lhe desculpo como generosidade de Amigo.
Aquele abraço,
N.
A comparação encantou.
Como não sou assim tão religioso,prefiro reivindicar o que de direito do que pedir,muito menos dar a outra face a quem consideraria tamanha dignidade fraqueza.
A igreja foi sempre uma estrutura demasiado pesada exercendo despoticamente o poder.Houve sempre a tentação de a copiar,agora mais que nunca.Será a tentação do diabo.
Olhe que os asininos miramdeses,com aquele olhar simpática,mansos e capazes de aguentar qualquer carga estão em vias de extinção.
A Matriz é imponente mas não tem bispo e se o tem não o podemos reconhecer pela coroa.
Um abração,
mário
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