segunda-feira, 14 de abril de 2014

"Pela Calçada de Ferro & Caminhos do Roboredo" - breve reportagem

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Como anunciado, realizou-se no passado dia 12/04 a 1ª. "longa marcha" Pela Calçada de Ferro & Caminhos do Roboredo

Este périplo procurou bordejar a rede de trilhos previstos no âmbito de um projecto do Município de Torre de Moncorvo, recentemente candidatado a programa comunitário, em que o PARM foi também chamado a colaborar.
Pensamos que a Serra do Roboredo, sobretudo na parte mais sobranceira à vila de Torre de Moncorvo, tem muitas potencialidades a oferecer. 
Há anos que esta associação vem realizando actividades ao longo do troço do antigo caminho medieval (a "calçada de ferro"), desde a R. de N. Srª. da Conceição até à zona da Qtª de Mindel e Qtª. Branca (p. ex. Passeio Ornitológico e Passeio Micológico). Mas, além de alguns valores culturais e naturais, há a salientar a beleza da mata e as belas vistas que se podem apreciar do topo da serra (Miradouro da Fraga do Facho ou das Antenas).
Antes da partida, o Sr. Vice-Presidente, Victor Moreira, e os representantes do PARM deram as boas vindas aos caminheiros, tendo explicado o contexto experimental desta jornada, realizada no âmbito da Semana dos Parceiros do Roteiro de Minas e Pontos de Interesse Geológico e Mineiro (DGEG/EDM).
Ao longo do percurso foram fornecidas várias informações (complementando o folheto oferecido no início da jornada), por parte de membros do PARM, tendo-se salientado os principais aspectos naturais e culturais ao longo do mesmo. Além das diversas espécies arbóreas e arbustivas existentes (algumas de recente repovoamento florestal) encontraram-se rastos de javalis e excrementos de outras espécies selvagens, além de se poderem observar algumas aves de rapina.
Do ponto de vista meteorológico o tempo ajudou, com uma temperatura amena, num dia soalheiro. 
Apesar de poucos participantes (18 pessoas no total), os mesmos não se arrependeram.
Houve apenas alguns reparos quanto à extensão do percurso (o que tudo depende da preparação física de cada um dos participantes), mas, dado o carácter experimental da iniciativa, será de se ter em conta, em termos futuros, dois aspectos essenciais no desenho de novos percursos: 
1º - Extensão do percurso; 2º - Nível de dificuldade. 
Quanto ao 1º aspecto, dever-se-ão considerar 3 níveis: curto(4 km), médio(8 km) e longo (12 ou mais km);
No que toca à dificuldade dever-se-á ter em conta inclinação + (ir)regularidade do terreno + extensão, para se definir o nível de dificuldade (baixo, médio e alto). 
Para os interessados, informamos que dispomos de alguma bibliografia sobre esta matéria.

Aqui fica uma breve reportagem fotográfica desta caminhada:
Ponto de Partida: Capela de S. João Baptista ou N. Srª. de Fátima - boas vindas aos participantes por parte dos representantes do Município de Torre de Moncorvo, Junta de Freguesia e PARM.
 
Início da caminhada, pela R. de N. Srª de Fátima, onde passava o antigo caminho medieval de Torre de Moncorvo para Mós / Freixo de E. Cinta, Terras de Miranda e Espanha.
Vista de Torre de Moncorvo a partir do caminho.

"Casa da Floresta" - arquitectura revivalista dos anos 1930.

Capela de N. Srª. da Conceição - séc. XVII
Caminho de terra vermelha e hematite (minério de ferro).

O grupo entranha-se na floresta...

Atravessando a mancha de carvalhos, árvore de onde derivou o nome da serra (do latim "robor" = carvalho)

Engº. Afonso assinala vestígios de javali.
 
Pausa para descanso próximo da mina da Cotovia.

Entrada da velha mina da Cotovia (aberta nos anos 1930)

Continua a marcha em direcção ao topo da serra.

Caminho pela crista da serra.
 
Ao centro: memorial ao Dr. Constâncio de Carvalho (1976-1928), paladino da reflorestação da serra.
 
Descida para a vila, no sentido da Casa Florestal.
 
T-Shirt editada pela Organização para assinalar a jornada.
Informamos os interessados que ainda sobraram algumas de tamanho S e M, pelo que podem adquiri-las junto do PARM - tel. 279 252 724.

 
Txt. N.Campos; Fotos: Zé Sá, Tomás Calheiros e N.Campos

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