quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A tradição ainda é o que era. Eram célebres, noutros tempos, os presépios que fazia o Sr. Júlio Dias, que acumulava as funções de sacristão e de guarda da igreja por conta da Direcção Geral dos Monumentos Nacionais. Não sabemos desde quando se fazem os presépios na nossa igreja, pela época natalícia, mas é de supor que desde os tempos do Barroco, período áureo dos presépios (há referências documentais do séc. XVIII à "junça", talvez juncos, que se transportava para a igreja, para o presépio). Em tempos mais recentes a montagem do presépio tem estado a cargo das zeladoras da igreja, que no presente ano contaram com a ajuda do agrupamento de Escuteiros (em fase de reorganização).
Aqui fica o nosso apoio e estímulo para que se mantenha esta representação do Nascimento de Cristo, como mais um atractivo de visita à igreja matriz de Torre de Moncorvo.

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por: N.Campos

sábado, 18 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS - Feliz Natal e Bom Ano 2011


A Direcção da associação do PARM (Projecto Arqueológico da Região de Moncorvo) deseja a todos os associados e amigos um bom Natal e um bom ano de 2011 (dentro dos possíveis, como se sabe...)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Palestra sobre Santa Bárbara, no Museu do Ferro


Momento de apresentação da palestra, no auditório do Museu.
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Realizou-se no passado dia 4 de Dezembro (dia de Santa Bárbara), no auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, uma palestra subordinada ao tema: "Apontamentos para uma Rota de Santa Bárbara no concelho de Torre de Moncorvo". Como se sabe, Santa Bárbara é a padroeira dos mineiros, dos artilheiros, bombeiros e profissões relacionadas com o fogo, sendo ainda a protectora contra as trovoadas. Esta correlação tem a ver com vários motivos relacionados com a vida desta mártir cristã, que terá vivido entre os finais do século III e os inícios do século IV.

Capela de Santa Bárbara do Larinho (século XVIII)

Segundo as fontes cristãs, Santa Bárbara nasceu em Nicomédia (actualmente Ismite, na Turquia), nas imediações do mar da Mármara e não muito longe de Constantinopla, para onde as suas relíquias foram levadas, sendo mais tarde (no séc. X) levadas, na sua maior parte, para Veneza. Santa Bárbara começou por ser encerrada numa torre, mandada construir por seu pai, motivo porque é normalmente representada por este atributo, além da palma de mártir. Tendo-se convertido ao Cristianismo, foi alvo de vários suplícios, que culminaram na execução pelo próprio pai, o qual, como castigo, foi de imediato fulminado por um raio.

Imagem de Santa Bárbara dos mineiros da Ferrominas, actualmente na igreja do Carvalhal

A relação com os mineiros baseia-se numa lenda medieval, segundo a qual a Santa teria sido escondida por mineiros no buraco de uma mina, algures na Grécia; outra hipótese, mais credível, é que Santa Bárbara, por ter sido executada sem os Sacramentos e tendo pedido a Deus que todos os que a ela recorressem, em situação de morte iminente, ficassem logo sacramentados, passou a ser a advogada de todos os que estivessem em situação de risco de morte repentina, como acontece com os mineiros.

Registo audiovisual de uma habitante de Açoreira, com reza a Santa Bárbara.

Em todo o caso, o culto de Santa Bárbara no concelho de Torre de Moncorvo, sobretudo a partir do séc. XVIII, tem mais a ver com o receio das trovoadas (e dos seus estragos na agricultura) do que com a actividade mineira, apesar de duas das capelas dedicadas à Santa, uma no Felgar e outra em Carviçais, se encontrarem sobre grandes montes de escórias de ferro (estes pontos poderiam atrair as faíscas, o que pode justificar essa localização). O único caso que tem a ver expressamente com a actividade mineira relaciona-se com a igreja nova do Carvalhal (dedicada a Santa Bárbara), pois esta povoação constituíu-se na expectativa do desenvolvimento das minas de Moncorvo, nos anos 80 do século XX. A imagem da patrona da igreja veio da antiga "capela" dos mineiros, improvisada numa das casas do bairro mineiro da Ferrominas, e terá sido adquirida nos anos 50 do século XX, para apoio espiritual aos mineiros. Aí chegou a celebrar missa o saudoso Padre Rebelo, apesar de os enterramentos se continuarem a fazer na sede da freguesia, que é o Felgar.

Texto, fotografia e vídeo: Nelson Campos/Museu do Ferro & da Região de Moncorvo

Apoio técnico: Drª. Patrícia Rainho (estagiária do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo), Dr. Rui Leonardo, Fátima Dias e António Botelho.

Agradecimento: às zeladoras das capelas de Santa Bárbara (Senhoras Domitília, Luzia, Manuela, Conceição Regedor Marcos, Eduarda Gabriel) e às Srªs. Maria da Conceição Monge, Drª. Patrícia Aires, Angelina Lopes (Açoreira), pelas disponibilidade e informações prestadas sobre as capelas visitadas.

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Para saber mais sobre Santa Bárbara, padroeira dos mineiros, ver: http://www.ordeng.webside.pt/Default.aspx?tabid=1761 - com alusão a uma palestra do Prof. Engº. Fernando Mello Mendes no I.S.T. de Lisboa. - Sobre o Engº. Mello Mendes, ver post de 13.08.2010, neste blogue.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Palestra "Rota de Santa Bárbara"

No próximo dia 4 de Dezembro (Sábado), terá lugar pelas 15.00 horas no Auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo a palestra "Rota de Santa Bárbara, Padroeira dos Mineiros".

Como é sabido, Santa Bárbara é a padroeira dos Mineiros, além de protectora contra as trovoadas.
Existem no nosso concelho, especialmente na periferia da serra do Roboredo várias capelas dedicadas a Santa Bárbara, genericamente do século XVIII, que podem possibilitar uma interessante rota associada à história mineira da região.

Aqui fica esta proposta do Museu do Ferro.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Palestra sobre Maçonaria e República em Trás-os-Montes, no Museu do Ferro

(clicar sobre a imagem para ampliar)

O nosso ilustre consócio Rogério Rodrigues vai proferir uma palestra, no próximo sábado, sobre o tema da Maçonaria e ideiais republicanos em Trás-os-Montes e Alto Douro. Este evento terá lugar no auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, nesta vila, e conta com o apoio do município.
Dada a pertinência e actualidade do tema, contamos com a presença dos nossos estimados associados.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mós, "en vol d'oiseau"

No seguimento da nossa visita a Mós, no passado Sábado (6.11.2010), participando na iniciativa do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, sobre o tema "Mós, antiga vila medieval - Arqueologia, História e Património", aqui ficam algumas imagens desta encantadora terra, merecedora de uma visita:

Fachada do edifício da Junta de Freguesia de Mós, antiga casa da Câmara até 1836, servindo mais tarde de escola primária. À esquerda, em 1º plano, casa da família Pombo, de traça erudita, talvez do séc. XVII, reclamando obras urgentes, tal como muitas outras do núcleo histórico de Mós.


Aspecto da exposição sobre o património do concelho de Torre de Moncorvo, onde se mostram alguns valores patrimoniais de Mós. Em 1º. plano, ao meio, a bandeira da freguesia de Mós, com respectivo brasão: castelo rodeado de três mós de ouro em fundo azul.

Capitel do pelourinho que foi reconstituído há pouco mais de uma dúzia de anos. Este era um dos símbolos do antigo município de Mós, onde se executava a justiça.

Praça de Mós. - Atrás daquelas casas ficava o castelo, de que restam hoje parcos vestígios. Aqui se faz, pelo Natal, uma imponente fogueira do galo, como se nota pela mancha queimada no pavimento.

Fonte de mergulho, talvez ainda da Idade Média.

Recanto acolhedor, entre vielas, onde se pode beber um copo na esplanada do "Campeão".

Nas imediações de outra tasquinha, junto à Praça, não falta o assador e o pipo, onde em távola de madeira dá a volta o canjirão.

Típica varanda trasmontana de uma bela casa tradicional.

Um relógio de sol, ainda no seu lugar, já não marca a hora. Aqui o Tempo parece ter parado e isso pode ser (ainda) uma vantagem. Há que saber acertar a hora da modernidade com a da Tradição e da História, porque isto são mais-valias de que nem todas as terras se podem gabar.

Agradecemos a hospitalidade da Junta de Freguesia e do povo de Mós.
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Txt. e Fotos N.Campos/PARM.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

VII Partidela Tradicional da Amêndoa

Realiza-se no próximo sábado, dia 23 de Outubro, a VII Partidela Tradicional da Amêndoa, no Auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, com a já costumada participação da Tuna Popular Lousense.

Contamos com a vossa presença e a melhor divulgação deste evento!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Palestra e Exposição sobre o património arqueológico e arquitectónico de Adeganha

Vista geral da igreja da Adeganha e sua envolvente, a partir da escola primária
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Tendo em vista assinalar a Semana Europeia da Democracia Local, o Presidente da Junta de Freguesia da Adeganha, Sr. Guilhermino Soares, lançou-nos o repto de se fazer uma pequena mostra sobre o património cultural da freguesia de Adeganha, na sede desta freguesia, assim como uma palestra associada ao assunto. Correspondendo ao desafio, realizou-se no passado dia 10 de Outubro, pelas 16;00h, a acção que intitulámos: "Adeganha - Arqueologia, História e Património", que teve lugar no edifício da antiga escola primária, perante uma plateia muito atenta e interessada em saber algo mais sobre a importância dos seus valores culturais.

A organização do evento coube à Junta de Freguesia de Adeganha, Museu do Ferro & da Região de Moncorvo/Câmara Municipal de Torre de Moncorvo/ PARM.

O Presidente da Junta de Adeganha falando na abertura da sessão e apresentando os palestrantes.

.Através de uma projecção em Powerpoint procurou-se evidenciar o rico património da freguesia de Adeganha, que conta com dois Monumentos Nacionais (ruínas da vila morta de Santa Cruz da Vilariça e igreja românica de Adeganha) e um Imóvel de Interesse Público, o importante arqueossítio do Baldoeiro, cujo processo de classificação foi iniciado pelo PARM, nos inícios dos anos 90, em colaboração com o IPPAR.

Mas a "viagem temporal" desfiou um rosário de locais onde se encontraram vestígios desde as mais remotas eras, desde os tempos neolíticos e início da Idade dos Metais (através de achados de machados polidos e cerâmicas decoradas, em pontos como o Baldoeiro, Senhora do Castelo, Fraga Amarela), passando pela Idade do Ferro, com os "castros" do Castelo dos Mouros, Senhora do Castelo, Castelo da Junqueira, e a culminar no período romano, com abundantes vestígios na orla virada ao vale da Vilariça, desde as quintas da Portela, Silveira, Terrincha até à Junqueira e Ribº. de S. Martinho.

Aspecto da sessão, perante um auditório muito atento.

Descontando os chamados "tempos obscuros" após a invasão dos bárbaros e dos "mouros", de que pouco ou nada se sabe, parece ter-se dado, na Idade Média, a reocupação de alguns pontos mais defensáveis, alguns com focos de povoamento anteriores. Contudo, os principais vestígios desta época vão encontrar-se no Baldoeiro, Senhora do Castelo e, finalmente, na chamada Vila Velha (Santa Cruz da Vilariça), que vai estar na génese do actual concelho de Torre de Moncorvo.

Explanação de Eugénio Cavalheiro sobre a Igreja de Adeganha

É ainda no período medieval que se insere a importante igreja românica de Adeganha, com toda a certeza associada aos Caminhos de Santiago. Sobre a história deste monumento, sua arquitectura e decoração simbólica, falou o Sr. Comandante Eugénio Cavalheiro, presidente da mesa da Assembleia Geral do PARM, e investigador de História de Arte, com vários trabalhos já publicados. Eugénio Cavalheiro mostrou diversas imagens do exterior e interior da igreja, explicando o significado dos diversos frescos recentemente restaurados, bem como os retábulos quinhentistas e talha dourada do período barroco. Aproveitamos para anunciar que Eugénio Cavalheiro tem no prelo uma monografia dedicada à igreja de Adeganha.

Momento da explicação da exposição.

Foi também referido o importante património vernacular (construção tradicional) que se deve preservar o mais possível, sempre em respeito pela melhoria de condições de vida das pessoas, mas sem desvirtuar a traça original e o aspecto geral das povoações, como especial destaque para a Adeganha, pois isto é uma mais-valia que pode ser aproveitada para fins turísticos.
No final foi feita uma visita guiada aos painéis em que se desenvolve um pouco da evolução histórica da nossa região, e em que a freguesia de Adeganha tem um lugar de destaque.
Uma vitrina com vários objectos arqueológicos recolhidos nesta freguesia (machados polidos, cerâmicas pré-históricas, castrejas e medievais, além de moedas romanas e medievais) completaram a explicação.
Foi destacada a colaboração de pessoas de Adeganha que ao longo dos tempos nos ofereceram objectos e forneceram preciosas informações, como foi o caso do nosso Amigo Sr. Alberto Vilela, proprietário de terrenos na Senhora do Castelo. De sua autoria estiveram patentes na exposição duas maquetes, uma da igreja de Adeganha e outra do antigo paçal (casa do abade).

Vitrina com alguns objectos arqueológicos procedentes da freguesia de Adeganha.

A acção foi encerrada com um Porto de Honra, seguida de um excelente convívio e troca de informações com as pessoas presentes.
Agradecemos à Junta de Freguesia de Adeganha esta oportunidade, esperando nós repetir acções análogas noutras freguesias, tendo em vista a sensibilização da população para os valores patrimoniais das suas terras, elevando a auto-estima colectiva, e promovendo o desenvolvimento turístico.

Da parte do PARM colaboraram nesta acção: Eugénio Cavalheiro, Nelson Campos, Rui Leonardo.
Fotos: Rui Leonardo/PARM

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Palestra "Os xistos de Trás-os-Montes como recurso geológico"

No passado sábado, dia 4 de Setembro, teve lugar no auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo (MF&RM), a palestra "Os Xistos de Trás-os-Montes como recurso geológico", proferida pelo Prof. Doutor Fernando Noronha, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.



A sessão teve início pelas 15.30 horas, com a sessão de boas vindas pelo Sr. João Rodrigues (em representação do Município de Torre de Moncorvo) e pelo Dr. Nelson Campos (em representação do PARM). Seguiu-se a apresentação do palestrante pelo Dr. Rui Rodrigues (coordenador da secção de Geologia do PARM), tendo referido que o Doutor Noronha visita o MF&RM regularmente, sendo já conhecido da maior parte da assistência, sendo sempre um prazer ouvir as temáticas que apresenta.



O Prof. Doutor Fernando Noronha, começou por agradecer ao Município de Torre de Moncorvo e ao PARM a sua presença no MF&RM, pelo terceiro ano consecutivo, trazendo desta vez um tema muito caro à sua investigação - os xistos transmontanos. Começou por referir que o xisto era um material muito usado na construção sobretudo no Norte e Centro de Portugal, tendo a sua utilização vindo a decair a partir da segunda metade do séc. XX, por ter sido considerado um material pouco nobre, situação que se começa a inverter.



Dada a sua relevância foi aprovado um projecto de I&D ao FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia) denominado Projecto "SCHIST Resource", coordenado por si e com participação das Universidades do Porto, Évora e pelo Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia (LNEG). Este projecto tem como objectivos essenciais: a) caracterizar os principais locais de exploração; b) cartografar detalhadamente esses locais; c) efectuar análises petrográficas e químicas, bem como testes físicos e mecânicos, com vista a estudar a viabilidade da sua exploração e as possibilidades de utilização/aplicação.



A área inicialmente estudada por este projecto corresponde precisamente ao Nordeste de Portugal (Trás-os-Montes e Alto Douro), tendo sido estudadas as seguintes pedreiras: Tanha (distrito de Vila Real), Poio (V. N. Foz Côa), Nozelos (Torre de Moncorvo) e Eucísia (Alfândega da Fé), Zebras (Mirandela), Deilão (Bragança). De seguida o autor passou a descrever pormenorizadamente os aspectos técnicos e as propriedades específicas de cada tipo de xisto, nos locais referidos, bem como as possibilidades da sua aplicação, apresentando exemplos de boas práticas na sua utilização em edifícios transmontanos, terminando a sua apresentação salientando a necessidade de valorização e utilização dos recursos nacionais (que em muitos casos são melhores) em detrimento de recursos geológicos estrangeiros.



Seguiu-se um breve período de debate onde o Prof. Doutor Noronha esclareceu algumas dúvidas do público presente (25 participantes) que apreciaram mais uma palestra extraordinária proferida pelo Doutor Noronha.

Fotos PARM

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Palestra "Os Xistos de Trás-os-Montes como recurso geológico"

Resumo: A abundância de afloramentos de xisto nas regiões do Nordeste e Centro de Portugal fizeram desta rocha, no passado, um material de construção comum. Está em curso um projecto I&D da FCT, que tem como objectivo a caracterização estrutural, mineralógica, petrográfica e tecnológica de ocorrências de xisto no NE de Portugal e a promoção das rochas xistentas como um recurso geológico. Nesta contribuição apresentamos alguns exemplos de estudo de litologias de diferentes contextos geológicos e com diferentes características.

SOBRE O AUTOR: Geólogo, Professor Catedrático e investigador do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, com importantes estudos realizados no âmbito da Geologia, nomeadamente geologia aplicada (geologia económica e geologia forense)

Ver mais: http://www.fc.up.pt/fcup/contactos/ficha_pessoal.php?login=fmnoronh

Sobre a presença do Prof. Noronha no Museu do Ferro:

http://parm-moncorvo.blogspot.com/2010/05/alunos-da-fcuportouaveiro-visitam-museu.html

http://parm-moncorvo.blogspot.com/2009/09/palestra-geologia-como-ciencia-forense.html

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ciência Viva - Geologia no Verão em Moncorvo

Decorreram no passado fim de semana (sexta-feira e sábado) as duas actividades promovidas pelo PARM no âmbito do Programa Ciência Viva - Geologia no Verão.

Ciência Viva 2010 - Fraga do Arco

A primeira actividade teve lugar no dia 27 de Agosto, pelas 15.00 horas, subordinada ao tema: "Os quartzitos ordovícicos: cavidades naturais (Fraga do Arco), cruzianas e outras estruturas". A orientação desta actividade ficou a cargo do geólogo Dr. Rui Rodrigues, tendo contado com vários participantes nacionais e estrangeiros - Espanha, Reino Unido e Itália.

Ciência Viva 2010 - Minas de Ferro do Roboredo

No dia 28 de Setembro, teve lugar a segunda das actividades programadas, com visita às Minas de Ferro do Roboredo: Exploração mineira e bairro da Ferrominas e Cabeço da Mua. A orientação desta actividade ficou a cargo dos Drs. Rui Rodrigues, Nelson Campos e Rui Leonardo, e com a colaboração do Eng.º Afonso Calheiros e Menezes, Presidente da Direcção do PARM (explicação da flora e fauna da região) e do Dr. Higino Tavares, sócio do PARM. A acção esgotou a lotação (30 pessoas), tendo participantes do concelho de Torre de Moncorvo, de outros pontos do país e também de Espanha, Reino Unido e Itália.

As fotogafias dos eventos estão disponíveis no Picasa, podendo aceder a elas através das imagens acima apresentadas.

A organização agradece aos participantes, apoiantes (MF&RM e CMTM) e colaboradores (Srs. Hélder e Luís Ferreira) das duas actividades.

Aproveitamos para solicitar a todos os participantes que fizeram um registo fotográfico da acção, caso o entenderem, que nos façam chegar fotografias com os melhores pormenores, com o objectivo de integrarem o Relatório Final do Programa, sendo também publicados neste local, com os direitos de autor devidamente salvaguardados.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ciência Viva - Geologia no Verão em Moncorvo

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O PARM, pela quarta vez organiza actividades no âmbito do Programa Ciência Viva. No corrente ano decidimos organizar duas actividades relacionadas com a Geologia, como podem ver nesta imagem:

(clique na imagem para aumentar)

A inscrição nas actividades é obrigatória, com o máximo de 30 participantes por actividade. Podem efectuar as inscrição através dos seguintes meios:

- no Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, no Largo Dr. Balbino Rego
- pelo site do Programa Ciência Viva: http://www.cienciaviva.pt/veraocv/comum/2010/actividadeshoje.asp?accao=showactiventidade&id_actividade=3&id_entidade=250
- pelo telefone: 808 200 205 ; 279 252 724
- por e-mail: parmoncorvo@gmail.com

Recomendamos aos participantes trazerem roupa e calçado apropriado, bem como protector solar, dada as elevadas temperaturas e intensidade do raios ultra-violetas.

Contamos com a vossa participação e a melhor divulgação deste evento!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Inauguração da Exposição "Ferrominas.1957"

No dia 7 de Agosto, teve lugar no Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, a inauguração da Exposição "Ferrominas 1957". Fotografias a cores do Fundo Eng.º Gabriel Monteiro de Barros / Arquivo MF&RM".

A sessão teve início pelas 15:30 horas, com um discurso de boas-vindas, proferido pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, que agradeceu a presença do Eng.º Fernando de Mello Mendes, pioneiro da Ferrominas, e do Eng.º João Pedro Monteiro de Barros Cabral, amigo do MF&RM e doador do espólio fotográfico patente na exposição.
Seguiu-se a visita à exposição e no final, o Engº. Mello Mendes, proferiu algumas palavras sobre os tempos iniciais da Ferrominas, e o Eng.º Monteiro de Barros Cabral referiu-se ao seu tio Eng.º Gabriel Monteiro de Barros, autor do conjunto fotográfico.
No final, a Dra. Maria do Carmo Serén, efectuou uma breve análise da qualidade e das motivações das fotografias expostas.
Aqui ficam algumas fotografias do evento:



Entre o numeroso público contavam-se muitos antigos trabalhadores da Ferrominas (foto Patrick Esteves/Foto Bento)


Vista geral da exposição (Foto PARM)

Pormenor da exposição, vendo-se em primeiro plano, o equipamento de soldador, doado ao Museu pelo Sr. Manuel da Cruz Rebouta (Foto PARM)

Confraternização entre os visitantes da exposição (Foto Patrick Esteves/Foto Bento)

Intervenção dos Eng.os Mello Mendes e João Pedro M. Barros Cabral (Foto PARM)



Drª. Maria do Carmo Serén durante a sua intervenção, falando sobre a importância do espólio fotográfico de G. Monteiro de Barros (foto Higino Tavares/PARM)



Uma das fotos da Exposição, mostrando a pá mecânica Ruston-Bucyrus carregando um camião "Euclid" (foto de Engº. Gabriel M. de Barros/Arquivo Fotográfico do MF&RM/doação de Engº. João Pedro Monteiro de Barros Cabral e Esposa)



Em 1º. plano, à direita, o ferreiro Sr. António Carvalho (Amigo do Museu) enquanto o colaborador do Museu e membro do PARM actualiza no computador uma ficha de registo do Sr, Acácio Teixeira, antigo trabalhador da Ferrominas, actualmente a residir em França (Foto Higino Tavares/PARM)



quinta-feira, 29 de julho de 2010

Exposição "Ferrominas 1957"

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O Museu do Ferro e da Região de Moncorvo inaugura no dia 7 de Agosto (sábado), pelas 15:30, a exposição de fotografia “Ferrominas 1957”.

Esta exposição baseia-se num conjunto de fotografias a cores que integram a colecção fotográfica do Centro de Documentação do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, mais especificamente o “Fundo Eng.º Gabriel Monteiro de Barros”, que se organizou a partir de uma doação do Eng.º João Pedro Barros Cabral, sobrinho daquele responsável da Ferrominas.

As fotografias referem-se ao ano de 1957, tudo indicando que foram tiradas pelo Engº Gabriel Monteiro de Barros, o director técnico da Ferrominas, que, embora não sendo natural de Moncorvo, para aqui veio trabalhar em 1951, tendo-se aqui radicado e aqui continuando a viver, mesmo depois de reformado, nos inícios dos anos 90. Em Moncorvo faleceu, em Março de 1995, e aqui se encontra sepultado. Por isso, esta exposição pretende ser, também, uma homenagem ao Engº. Monteiro de Barros, que, além do mais, foi sócio honorário do PARM.

Simultaneamente, é também uma homenagem a todos os trabalhadores da Ferrominas, em especial aos mineiros que laboravam em condições particularmente difíceis, aguentando o pó, o excessivo calor ou o frio de enregelar, nas frentes de desmonte, além do perigo dos acidentes de trabalho, como se verá em algumas fotos.

As fotos seleccionadas mostram diversos aspectos da laboração das minas de ferro de Moncorvo, destacando-se a utilização dos meios mecânicos adquiridos, como camiões e pás mecânicas, a par de algum trabalho manual.

A mostra fotográfica ficará patente no Auditório do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo até ao final do ano de 2010 e serve como complemento da exposição permanente do museu.

As visitas à exposição são gratuitas e podem ser efectuadas de Terça a Domingo, das 10h às 12h30 e das 14h às 18h.

Txt.: Nelson Campos

Sobre este assunto, ver ainda:

terça-feira, 6 de julho de 2010

Rota do Ferro em BTT, pelos caminhos do Roboredo...

Realizou-se no passado sábado a 1ª. edição da "ROTA DO FERRO, pelos caminhos do Roboredo". Conquanto já há anos se tivesse tentado implementar uma Rota do Ferro, o percurso então desenhado era feito pelas estradas municipais, circuitando a serra. Na versão agora implementada o percurso foi demarcado pela cumeada da serra do Roboredo, com início nas minas da Carvalhosa (Ferrominas), apesar de um intrépido participante ter feito todo o trajecto de Moncorvo às minas, pela E.N. 220 e pelo íngreme estradão que leva até aí, numa contagem de primeiríssima categoria! (isto é só para veteranos, pois o comum dos mortais deve utilizar uma viatura de apoio, o que implica uma certa logística).

A ideia da organização foi demonstrar a exequibilidade do percurso e as potencialidades da Serra para a prática desta modalidade (BTT). Por outro lado, foi também intenção do Museu do Ferro chamar a atenção para o património geomineiro patente na Serra do Roboredo, além da floresta, das velhas capelas (S. Lourenço e S.Bento/Santa Leocádia), além da magnífica paisagem que se disfruta das alturas, sobretudo para a vila de Torre de Moncorvo. Há, iclusive, estruturas de apoio, como seja o excelente parque de merendas de S. Bento/Santa Leocádia, criado pela actual Junta de Freguesia de T. de Moncorvo.

Em período de férias, fica a sugestão. Recomenda-se, no entanto, água em abundância e protecção para eventuais quedas, pois o percurso apresenta algumas dificuldades em alguns pontos.

Aqui ficam algumas fotos do passeio do dia 3.07.2010:

Às 9:00 h no alto da Carvalhosa - grupo de participantes e representantes da Junta de Freguesia do Felgar.

Ruínas das oficinas gerais, nas minas das Fragas da Carvalhosa. Infelizmente o vandalismo tem feito das suas...

Outro aspecto das ruínas das infraestruturas mineiras da Ferrominas (anos 50-60 do séc. XX), visitadas pelos participantes, depois de uma breve explicação sobre a história das minas de Ferro de Moncorvo, sobretudo no séc. XX. - Foi distribuído um folheto com alguma informação.

Vista geral do trajecto entre as minas da Carvalhosa e a zona dos aerogeradores (na zona da Pedrada).

Um ponto de maior dificuldade, na zona da Pedrada.

Zona da Portela de Felgueiras, onde se encontra um aviso da Câmara Municipal para a protecção da floresta. Seguiu-se outra contagem de primeiríssima categoria: a subida para a mina da Cotovia ou da Portela!

Dois dos participantes à boca da mina da Cotovia ou Portela, já no termo de Felgueiras.

A velha mina abandonada da Cotovia foi aberta nos anos 30 do séc. XX pelo engenheiro de minas alemão G. Schöenflick, pai de D. Ilse Semmler, amiga do Museu do Ferro. Trata-se de uma galeria de prospecção, já que nessa época não se chegou a realizar a exploração industrial, que só viria a acontecer com a Ferrominas, no pós-Guerra.

Um trecho de grande beleza é o chamado "Caminho do meio", sombreado pelas mata secular de carvalhos e outras coníferas. É um troço do caminho para se percorrer devagar e sem esforço, apreciando a Natureza.

A cruz, neste caso, assinala o fim do Caminho. Um participante e membro da organização em grande pose no miradouro de S.Bento/Santa Leocádia, pouco antes de um almoço campestre bem retemperador.

A organização esteve a cargo de Museu do Ferro & da Região de Moncorvo/Câmara Municipal de Torre de Moncorvo/PARM e Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, com apoio logístico da Associação Cultural de Torre de Moncorvo e ainda a colaboração das Juntas de Freguesia do Felgar e Felgueiras e da MTI-Ferro de Moncorvo, SA, que autorizou a visita às minas.

Este foi um percurso experimental. Em futuras edições serão envolvidas associações de BTT e de cicloturismo da região (só depois soubémos que havia um clube na Açoreira), esperando-se que outros agentes turísticos possam explorar este percurso, de grande interesse, emoção e muita adrenalina.

Txt.: N.Campos
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Nota: as fotos são de autoria de Higino Tavares, Luís Lopes e Nelson Campos, cedidas ao blogue e ao PARM para este efeito. Qualquer utilização por parte de terceiros será autorizada mediante contacto dos autores, através deste blogue. Obrigado.
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Para saber mais sobre este percurso, visite:

http://www.gpsies.com/mapUser.do?username=PARM